Por determinação da presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, seguiu para o Rio de Janeiro nesta quarta-feira (12), para avaliar os estragos causados pelas chuvas dos últimos dias, a fim de permitir ao governo federal ajuda aos moradores dos municípios vítimas da tragédia. A própria presidenta Dilma sobrevoará nesta quinta-feira (13) os municípios do Rio atingidos pela chuva. Ela será acompanhada pela ministra da Secretaria de Comunicação (Secom), Helena Chagas.
O ministro sobrevoou várias regiões do Rio, acompanhado do secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner. Já secretário Nacional de Defesa Civil, Humberto Vianna, sobrevoou as áreas mais atingidas em São Paulo, principalmente na capital.
A expectativa é de que, a partir de reuniões com as autoridades locais no Rio, Bezerra possa ter uma dimensão da tragédia. Na quinta-feira (13), ele deve se reunir com o governdador Sérgio Cabral. Em seguida, vai a São Paulo, onde discutirá com o governador Geraldo Alckmin os problemas naquele estado.
O governo federal deve mobilizar ministérios como o da Integração Nacional, Saúde, Defesa e Desenvolvimento Social, na medida em que as demandas forem sendo encaminhadas pelos estados.
Uma série de reuniões devem ser realizadas com prefeitos e autoridades locais, para levantar as necessidades de cada município. Os chefes dos Executivos estaduais precisam fazer um pedido formal para receber a ajuda que, de imediato deve abranger itens mais necessários, como medicamentos, cestas básicas, água, colchões e cobertores.
Humberto Vianna informou que outros estados atingidos pelas chuvas, como Minas Gerais e Espírito, também receberão ajuda do governo federal.
Para avaliar os danos provocados pelas últimas chuvas no Sudeste, o ministro Fernando Bezerra esteve no Espírito Santo, na semana passada.
Ligações
As visitas aos estados foram decididas depois que a presidenta Dilma Rousseff ligou, nesta quarta-feira (12), para os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, oferecendo apoio do governo federal para atender às demandas provocadas pelos estragos causados pelas fortes chuvas na região.
Na última sexta-feira (7), Dilma já havia conversado com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Nas ligações, ela também manifestou solidariedade pelas mortes causadas.
O governador fluminense, Sérgio Cabral, segundo sua assessoria, informou ter recebido da presidenta Dilma a garantia de que o governo federal colocará à disposição do estado e dos municípios toda tipo ajuda que for necessária.
Mortos e desabrigados
O número de mortos e desabrigados no Rio de Janeiro continua aumentando, na medida em que as chuvas não param de cair. Somente no município de Teresópolis, na Região Serrana, seriam 89 desde a madrugada desta quarta-feira. Em toda a região, já teriam sido contabilizadas 114 vítimas fatais, das quais 18 em Petrópolis e sete em Nova Friburgo.
A Defesa Civil nacional informou oficialmente que há 139 desabrigados e 13,4 mil pessoas desalojadas em três municípios do estado. O governo do Rio solicitou aeronaves à Marinha, para ajudar no socorro e resgate de moradores de localidades em que ruas e estradas foram comprometidas pelas queda de encostas.
Em nota, o governador Sérgio Cabral lamentou a “perda de vidas nesta tragédia causada pelas chuvas” e manifestou “solidariedade às famílias”. Segundo o comunicado, os aviões da Marinha vão deslocar material, equipamentos e agentes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil nas cidades atingidas.
Já em São Paulo, o secretário Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, Humberto Vianna, percorreu nesta quarta-feira as áreas mais atingidas pelas chuvas que há vários dias castigam o estado, principalmente a capital. De acordo com a assessoria de imprensa, logo que chegou à cidade o secretário se reuniu com dirigentes da Coordenação Estadual de Defesa Civil e se informou sobre os últimos números da tragédia que já matou 21 pessoas e deixou 579 desabrigados e 2.650 desalojados em 42 municípios.
Uma das localidades visitadas por Humberto Vianna, de aordo com assessores, foi o município de Mauá, na Grande São Paulo, que já registrou três mortes em decorrência das chuvas. São José dos Campos, Embu das Artes e a própria capital também estão entre as cidades mais prejidicadas pelas chuvas das últimas semanas.
O secretário elogiou o trabalho de atendimento às vítimas feito pela Defesa Civil do Estado e colocou a estrutura da Defesa Civil Nacional à disposição para todo tipo de ajuda que o governo estadual julgar necessário. “A lógica da Defesa Civil precisa ser invertida. Nós vamos priorizar a prevenção”, declarou o secretário.
Fonte:
Agência Brasil
