O Estado de Mato Grosso irá completar 262 anos nesse domingo (09.05). Para comemorar a data, muitos eventos serão realizados em Cuiabá e outros municípios do estado. Para esta terça-feira (04), às 8h30, está marcado um culto ecumênico no Salão Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás. O autor da Lei nº 8.007, de 26 de novembro de 2003, que cria a data, deputado João Malheiros (PR), convida a todos para participar do culto e destaca que na agenda de comemoração consta a realização de outros eventos cívicos, educativos e informativos, referentes à história e cultura mato-grossense.
Os municípios de Cáceres, Luciara, Paranatinga, Chapada dos Guimarães, Santo Antônio do Leverger, Várzea Grande, Acorizal, Tangará da Serra, Alta Floresta, Barra do Garças, Rondonópolis e Sinop, têm uma extensa programação para o aniversário de Mato Grosso.
“Temos que resgatar a história e reforçar a cidadania dos mato-grossenses. A lei é também uma forma de despertar o espírito cívico e solidificar os costumes e tradições que marcam a individualidade de um povo”, declarou Malheiros.
A data de aniversário não determina feriado, porém faz parte do calendário oficial do estado, que geralmente tem eventos comemorativos no período de 1º a nove de maio. Esses acontecem em geral nas sedes dos poderes estaduais e municipais, corporações militares e nos estabelecimentos de ensino público e privado. O autor da lei lembra que quando os órgãos não têm a oportunidade de realizar grandes programações, ao menos hasteiam a bandeira de Mato Grosso e executam o hino estadual.
“Precisamos ter um momento comemorativo e a data do aniversário é a mais oportuna para fortalecer essa idéia e promover o orgulho de ser mato-grossense”, avalia o parlamentar ao argumentar que apesar de ter sido criado em 1748, Mato Grosso só passou a ter uma data comemorativa há sete anos.
História
A Capitania de Mato Grosso foi criada 9 de maio em 1748, após ser desmembrada da Capitania de São Paulo e teve os seguintes governantes até 1821: Antônio Rolim de Moura de 1751 a 1765, fundou a primeira capital Vila Bela da Santíssima Trindade; João Pedro Câmara de 1765 a 1769; Luís Pinto de Souza Coutinho de 1769 a 1772, expulsou os jesuítas e fundou vários fortes e povoados; Luis de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres de 1772 a 1789; João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres de 1789 a 1796; Caetano Pinto de Miranda Montenegro de 1796 a 1802; Manuel Carlos de Abreu e Meneses de 1802 a 1807; João Carlos Augusto d´Oeynhausen e Gravemberg de 1807 a 1819, iniciou a transferência da capital de Vila Bela para Cuiabá; e Francisco de Paula Magessi de Carvalho, de 1819 a 1821.
Com a proclamação de Independência do Brasil todas as capitanias se tornaram províncias. O primeiro acontecimento político da época foi a Rusga, onde os grupos políticos liberais e conservadores que queriam reformas políticas, sociais e administrativas. Em 1864 inicia a Guerra do Paraguai, Paraguai fazia fronteira com Mato Grosso (atual Mato Grosso do Sul), Mato Grosso participou com soldados e protegendo as fronteiras do Estado.
Depois de uma pequena divisão do Estado duante a revolta Constitucionalista onde o sul aproveitou a situação e formou um pequeno governo durante 90 dias, em 1977 o governo federal decretou a divisão do Estado de Mato Grosso, formando então Mato Grosso e Mato Grosso do Sul devido a “dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade.
A mudança da capital foram por motivos de distância e dificuldade de comunicação com os grandes centros do Brasil, o processo de transferência foi iniciada no governo de João Carlos Augusto dOeynhausen e Gravemberg e grande parte da administração foi transferida no governo de Francisco de Paula Magessi de Carvalho que por dificuldades na administração, a capital retornou a Vila Bela, somente em 1825 por um decreto de Dom Pedro I a capital ficou definitivamente em Cuiabá.
MÁRCIA MARTINS