O governo colombiano divulgou nesta sexta-feira as primeiras fotos do ex-líder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Raúl Reyes, morto durante operação com o Exército na fronteira com o Equador em 1º de março do ano passado. Em uma das imagens mais surpreendentes aparece o corpo do guerrilheiro, quando ele era levado para um helicóptero.
Nas imagens, de propriedade dos arquivos da guerrilha, aparecem os óculos de Reyes, o computador, trilhas, refeitórios e armamento do acampamento onde o então porta-voz internacional das Farc estava.
No seu lugar de descanso também foram registrados uniformes, armamento, cama, além das memórias e documentos do guerrilheiro que até o momento eram desconhecidas.
O comandante das Forças Militares, general Freddy Padilla, assegurou que o golpe dado ao então número dois da organização guerrilheira colombiana permitiu “descobrir o que alguns especialistas chamaram de o arquivo das Farc”.
“Dessa maneira nos demos conta de todas as ramificações que as Farc tinham em nível nacional e internacional, pudemos colocar isso nas mãos da Justiça colombiana e levar a Interpol e outros organismos de investigação criminal”, afirmou.
O corpo de Reyes foi levado cuidadosamente pelos militares e policiais colombianos para respeitar as normas, de acordo com Padilla, para depois tirá-lo do acampamento equatoriano usando luvas.
Padilla explicou que o objetivo foi proteger todas as evidências e as fotografias foram tiradas para deixar claro que o corpo do chefe rebelde foi tratado com cuidado. No acampamento atacado, foram achados cerca de 20 mil arquivos e duas mil fotografias apreendidas pelos militares colombianos que mataram Raúl Reyes em 1º de março de 2008 em território equatoriano.
Após analisar esse material, depois enviado à sede da Interpol na França, ficou claro que as Farc contam com apoio de Governos vizinhos e de uma rede que se estende por pelo menos 28 países. A própria Interpol determinou que o material não tinha sido alterado.
F.On.L