O governo colombiano pediu à guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que libertem imediatamente Clara Rojas, ex-assessora da presidenciável Ingrid Betancourt, e a ex-congressista Consuelo González, após divulgar os resultados de exames de DNA sobre o menino que pode ser Emmanuel.
O pedido foi feito pelo alto comissário para a Paz, Luis Carlos Restrepo, após uma entrevista coletiva na qual o procurador-geral, Mario Iguarán, revelou que exames de DNA feitos em um menor em poder do Estado e familiares de Rojas estabeleceram uma alta probabilidade de que o menino seja Emmanuel, filho da refém.
Leonardo Muæoz/Efe
Mulher observa cartaz na Prefeitura de Bogotá com fotos de 15 reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)
“Esperamos que façam (a libertação) com a maior rapidez. Fica absolutamente claro que o compromisso das Farc deve ser cumprido, e imediatamente”, afirmou Restrepo na cidade caribenha de Santa Marta.
As Farc anunciaram que libertariam Gonzáles, Rojas e Emmanuel [filho de Rojas nascido em cativeiro, fruto de uma relação consentida com um membro da guerrilha] no último dia 18, como um “ato de desagravo” ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que foi afastado das mediações para um acordo humanitário entre o governo colombiano e o grupo guerrilheiro.
As Farc justificaram a desistência da entrega dos reféns dizendo que “atividades militares” colombianas próximas ao local do resgate impediram que a operação fosse concluída.
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, porém, negou a versão da guerrilha e afirmou que as Farc não poderiam cumprir sua promessa simplesmente porque Emmanuel não estaria em seu poder.
Uribe afirmou que um garoto de três anos, chamado Juan David Gomez, com a mesma descrição de Emmanuel, vive em Bogotá há dois anos e meio, em um centro estatal de atenção a menores desamparados. Gomez teria sofrido desnutrição e malária.
“Esperamos que não haja mais demoras, que não haja mais desculpas por parte das Farc e que (Rojas e González) retornem imediatamente para casa”, acrescentou.
O alto comissário disse que o governo colombiano continua dando “todas as garantias para a libertação dos reféns seqüestrados e ratifica sua confiança na Cruz Vermelha”.
“Se é pertinente o acompanhamento internacional, continuamos mantendo todas as garantias para que a operação seja realizada de maneira discreta e eficaz”, acrescentou.
Com France Presse e Efe/FOnL
