O governo britânico proibirá a venda de réplicas de espadas de samurai na Inglaterra e País de Gales a partir de abril de 2008, após uma onda de ataques com armas desse tipo no Reino Unido.
Vernon Coaker, funcionário do Ministério do Interior britânico (Home Office), declarou que existe um perigo para a segurança da população, dada a grande disponibilidade e fácil aquisição das réplicas de espadas.
“Nas mãos erradas, as espadas samurai podem ser armas muito perigosas, como vimos em uma série de ataques na Inglaterra e País de Gales, nos últimos anos. Esta ação é crucial para lutar contra a criminalidade e a violência”, disse Coaker.
Sob a nova regulamentação, os artefatos –verdadeiros– poderão ser vendidos somente a colecionadores e admiradores. As cópias ficam proibidas. Atualmente, algumas páginas virtuais ilegais chegam a vender réplicas de espadas samurai por US$ 70 (R$ 123).
A medida foi tomada depois que as autoridades reportaram pelo menos 80 ataques com essa arma branca na Reino Unido, que deixaram cinco mortos e mais de 20 feridos. As pessoas que violarem a nova lei serão multadas em US$ 10 mil (cerca de R$ 17,6 mil) ou terão pena de pelo menos seis meses de prisão.
Em 2000, Andrew Pennington, assistente do ex-deputado liberal democrata Nigel Jones, foi assassinado quando Robert Ashman atacou os dois políticos com uma espada samurai na oficina do deputado, em Cheltenham.
No começo de dezembro deste ano, um homem de Lincoln também foi preso após ter assassinado seu vizinho com uma réplica de espada, por suspeitar que ele havia estuprado sua mulher.
A associação dos Oficiais da Polícia britânica apoiou a nova medida do governo, e, mesmo afirmando que tal arma é “pouco comum”, achou a proibição justificada.
