O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, se pronunciou durante coletiva na tarde deste domingo (7), em Paraty, no Rio, sobre o Brasil ser alvo da vigilância do governo dos EUA. O jornal "O Globo" teve acesso a dados coletados por Edward Snowden, ex-técnico da CIA que denunciou um gigantesco esquema de espionagem liderado pela Agência Nacional de Segurança dos EUA.
Patriota disse que o governo brasileiro recebeu com grave preocupação a notícia de que a comunicação eletrônica dos brasileiros era alvo de espionagem dos norte-americanos.
O ministro disse que o governo solicitará esclarecimento a Washington e ao embaixador norte-americano no Brasil. "O governo brasileiro promoverá no âmbito da União Internacional de Telecomunicações (UIT) em Genebra, o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações. Além disso, o Brasil lançará nas Nações Unidas iniciativas com o objetivo de proibir abusos e impedir a invasão da privacidade dos usuários das redes."
Patriota ainda afirmou que o ministro Paulo Bernardo fará ainda neste domingo declarações sobre assuntos legais e sobre a questão das empresas. Após o comunicado, o ministro deixou a sala de convenção e não respondeu perguntas da imprensa.
Leia a seguir a íntegra do comunicado lido por Patriota:
"O Governo brasileiro recebeu com grave preocupação a notícia de que as comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos brasileiros estariam sendo objeto de espionagem por órgãos de inteligência norte-americanos.
O Governo brasileiro solicitou esclarecimentos ao governo norte-americano por intermédio da Embaixada do Brasil em Washington, assim como ao Embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
O governo brasileiro promoverá no âmbito da União Internacional de Telecomunicações (UIT) em Genebra, o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações. Além disso, o Brasil lançará nas Nações Unidas iniciativas com o objetivo de proibir abusos e impedir a invasão da privacidade dos usuários das redes virtuais de comunicação, estabelecendo normas claras de comportamento dos Estados na área de informação e telecomunicações para garantir segurança cibernética que proteja os direitos dos cidadãos e preserve a soberania de todos os países."
G1