Acordo pretende formalizar ações conjuntas entre as entidades na promoção e na proteção de direitos; no apoio à inclusão socioeconômica; e no fortalecimento da participação social Compartilhe: Compartilhe por Facebook Compartilhe por Twitterlink para Copiar para área de transferência
OGoverno Brasileiro e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) acertam os últimos detalhes para firmarem cooperação técnica na área de acolhimento a emigrados. O assunto foi pauta de reunião realizada, entre representantes daquela entidade e a delegação brasileira, em Genebra, na Suíça.
O acordo pretende formalizar as ações conjuntas entre o governo e a agência na promoção e na proteção de direitos; no apoio à inclusão socioeconômica, com incentivo à capacitação e ao empreendedorismo; e no fortalecimento da participação social.
“Esse acordo será específico para trocarmos experiências e trabalharmos juntos no acolhimento a públicos específicos, como indígenas, jovens e demais vulneráveis, que hoje necessitam de atendimento especial”, explica a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Na reunião, Marco Formisano, responsável regional das Américas no Acnur, elogiou a Operação Acolhida, que desde 2018 recebeu mais de 400 mil refugiados venezuelados. Fez, ainda, referências positivas pelo trabalho brasileiro de acolhimento a afegãos, haitianos e sírios.
Trabalho referência
A delegação também ouviu elogios ao atendimento a refugiados em reunião com representantes da Cruz Vermelha. Guela Sekhniachvili, representante para Políticas e Diplomacia Humanitária da entidade, reforçou a parceria e o apoio mútuos nas ações realizadas no Brasil e disse que o país é referência nesse tipo de trabalho.
Mariana Neris — secretária nacional de Proteção Global do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – explicou que o trabalho do governo atualmente concentra esforços na interiorização dessa população refugiada e que 65 mil deles já foram recebidos em outros estados.
“Ainda enfrentamos uma grande resistência de alguns grupos em sair de Roraima, principal porta de entrada para nosso país, especialmente populações indígenas, como os warao, que têm características nômades. O apoio de entidades como a Cruz Vermelha tem sido fundamental para superamos essas dificuldades”, disse.
Ainda nesta quarta-feira (2), a comitiva brasileira reuniu-se com representantes do Programa das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids), em que foram discutidas parcerias para a prevenção da doença e da tuberculose entre populações vulneráveis, como membros da comunidade LGBTi ou população carcerária.