Governadores de 11 estados decidiram nesta segunda-feira propor o repasse de 20% da arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para os estados e de 10% para os municípios, ficando os 70% restantes com a União. Reunidos em Brasília, os governadores ressaltaram que esse valor tem de ser aplicado obrigatoriamente em saúde.
Eles pretendem ainda iniciar conversações com o governo federal para renegociar as dívidas dos estados.
“O que queremos é discutir a questão do endividamento sob uma ótica responsável, mas que leve em conta que nós também precisamos fazer os nossos PACs [Programas de Aceleração do Crescimento] regionais, investir em nossas prioridades e, para isso, precisamos fortalecer nossa capacidade de investimento”, explicou o governador de Sergipe, Marcelo Déda.
Segundo Déda, os estados perderam a capacidade de investir. “A retomada do crescimento é uma tarefa que precisa envolver estados e municípios”, disse ele.
Às 18 horas, uma comissão de governadores deve se encontrar com o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, para apresentar uma pauta com os oito itens que eles pretendem negociar com o governo federal para implementação ainda nesta ano.
Além de Déda, participaram da reunião os governadores José Roberto Arruda, do Distrito Federal; Aécio Neves, de Minas Gerais; Paulo Hartung, do Espírito Santo; Alcides Rodrigues, de Goiás; Blairo Maggi, de Mato Grosso do Sul; Luiz Henrique, de Santa Catarina; Cássio Cunha Lima. da Paraíba; Wellington Dias, do Piauí; Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul; e Eduardo Braga, do Amazonas.
Agência Brasil