O Governo do Estado se prepara para anunciar a segunda reforma administrativa da gestão Pedro Taques (PSDB), que mudará completamente a organização do “núcleo duro” do Executivo. Além de cortes nos gastos, o Governo deve anunciar mudanças no staff. Fontes do Legislativo garantem a saída do chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e do secretário de Cidades, Eduardo Chiletto. Gustavo de Oliveira, do Gabinete de Assuntos Estratégicos e Paulo Brustolin, da Fazenda, seriam os nomes mais cotados para a Casa Civil. As apostas recaem sobre o nome de Brustolin. Já para ocupar a vaga de Chiletto, até o fim da noite de ontem, ainda não havia uma definição por parte do governador.
Caso haja a saída de Brustolin da Secretaria Estadual de Fazenda, o nome cotado para assumir as funções na pasta seria do secretá- rio Seneri Paludo, que atualmente comanda a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Para a sua vaga, existe a possibilidade de que o adjunto de Turismo, Luiz Carlos Nigro, seja o sucessor. Atualmente, sob a responsabilidade do secretário interino, José Bussiki, a Secretaria de Planejamento passaria a ser conduzida por Gustavo de Oliveira, caso não seja ele o escolhido para a Casa Civil.
Já sobre os cortes no tamanho da máquina pública, a reforma passaria pela extinção de gabinetes e um deles pode ser o de Assuntos Estratégicos. Além disso, devem ser extintas a Metamat, a MT Gás e boa parte dos fundos existentes, restando apenas aqueles considerados essenciais, como Fundo Estadual de Habitação e Transporte (Fethab) e os Fundos da Educação e Saúde Pública. Em contrapartida, deve ser criado o Fethab II, que dobraria o que é recolhido hoje junto ao setor produtivo. Os recursos seriam aplicados exclusivamente em investimentos na Infraestrutura, Saúde e Cidades. Também deixa de existir a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, hoje comandada por Luzia Trovo.
Se por um lado algumas autarquias serão extintas, na reforma haverá o fortalecimento da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager -MT). Caberá à agência a fiscalização das Parcerias Público-Privadas, caso o governo decida pela implantação desse modelo de gestão.
O governo do Estado anunciou em um primeiro momento que a nova reforma implicará na redução de 25% do que é gasto hoje com a manutenção da máquina pública. O enxugamento passará pelo corte de cargos comissionados e não está descartada a possibilidade de demissão dos servidores que ainda se encontram em estágio probatório.
Fonte GazetaDigital/Michely Figueiredo