Conforme noticiado pela imprensa, o presidente afirmou que a alta do gás se deve à cobrança de ICMS, fretes e à margem de lucro dos revendedores.
O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu a fala feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a respeito da alta do gás. Em evento na manhã desta sexta-feira (20), o democrata disse que a justificativa de que o aumento no insumo se deve à cobrança de impostos estaduais não é verídica, disparando que a “explicação não bate”.
A fala de Mendes, feita durante a visita do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, atingiu frontalmente o apontamento de Bolsonaro. Conforme noticiado pela imprensa, o presidente afirmou que a alta do gás se deve à cobrança de ICMS, fretes e à margem de lucro dos revendedores.
Após atribuir o aumento aos Estados, durante evento realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso na quinta-feira (19), o presidente chegou a afirmar que não estaria culpando os governadores.
Na ocasião, o presidente disse ainda que o preço da gasolina “está barato”, uma vez que o imposto federal incidente seria de R$ 0,75 e o restante seriam as mesmas cobranças feitas para o gás de cozinha.
Contudo, o apontamento do chefe do Executivo foi logo rebatido pelo governo estadual na tarde de quinta-feira. O Estado divulgou comunicado no qual aponta que o valor do ICMS incidente sobre o gás se mantém o mesmo há 10 anos – o que foi reiterado por Mendes no evento desta sexta-feira.
Ao ser questionado sobre a fala de Bolsonaro, o democrata defendeu que o imposto cobrado pelo Estado é da ordem de R$ 12%. Mendes acrescentou ainda que nunca subiu o valor do tributo.
“Há dez anos ou mais, o ICMS no Mato Grosso não mudou. É o mesmo ICMS. O Gás, por exemplo, é 12%. É o ICMS mais barato entre todos estados brasileiros. 12% de R$ 120, R$ 130 dá R$ 15. Então, se está custando R$ 130 tira aí o ICMS que é de R$ 12 a R$ 15 não dá essa conta toda aí”, disse Mendes.
“Então, a explicação ela não bate, né? Infelizmente, a Petrobras, a refinaria, subiu mais de 50% a gasolina. Isso é verdade. Não tem como falar diferente disso. E o ICMS do estado de Mato Grosso nunca subiu na minha administração e nunca subiu acho que ao longo dos últimos 10 anos”, reiterou.
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