“Nós temos hoje, em Mato Grosso e no Brasil inteiro, mais uma vez, uma situação bastante atípica com relação às queimadas”.
O governador Mauro Mendes (União) disse que há motivos para desconfiar da origem dos focos de incêndio que vêm sendo registrados no estado nos últimos meses. Ele ainda pediu que a população denuncie quem provocar queimadas no estado durante o período proibitivo, que vai até o fim de novembro. A fala foi feita em conversa com a imprensa na sexta-feira (30).
Conforme o Corpo de Bombeiros, até ontem 225 bombeiros estavam empregados no combate a 39 incêndios florestais em todo o estado. Mais de 70 haviam sido extintos até então
“Nós temos hoje, em Mato Grosso e no Brasil inteiro, mais uma vez, uma situação bastante atípica com relação às queimadas. O clima está muito seco, daí lamentavelmente tem uns caras que mereciam estar na cadeia. Por favor denunciem, vamos prender quem está metendo fogo no Brasil inteiro, não é só aqui em Mato Grosso”, disse Mauro.
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O governador disse que não pode afirmar que a origem dos incêndios é criminosa, mas ponderou que seria coincidência demais todo o país registrar aumento na quantidade de queimadas em tão curto espaço de tempo.
“É muita coincidência pipocar fogo no Brasil inteiro. O clima está ajudando, o tempo seco está ajudando, mas não é a primeira vez que fica seco, não é a primeira vez que tem onda de calor. Então o que está acontecendo que está pipocando fogo no Brasil inteiro?”, questionou Mauro Mendes.
“Fogo não cai do céu, gente. O que cai do céu é chuva e avião”, acrescentou Mauro.
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Mato Grosso é uma das 17 unidades da Federação que têm sido afetadas por uma forte estiagem, considerada a pior em mais de 40 anos. Há 12 meses a situação é complicada, mas se tornou crítica com as altas temperaturas registradas neste ano.
Segundo dados de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado de Mato Grosso registrou um aumento de mais de 335% no número de queimadas entre 1º e 27 de agosto em comparação com o mesmo período de 2023, com mais de 10,4 mil focos de incêndio.
Fonte: AtualMT