quinta-feira, 07/11/2024
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Gastroenterologista de Mato Grosso chama atenção para a obesidade como fator de risco para a Covid-19

Mudança na rotina de exercícios e de alimentação, o estresse e o sedentarismos são alguns dos fatores complicadores da obesidade na pandemia

Muito antes da pandemia, obesidade já era considerado um problema de saúde pública. No Brasil existem mais de 20 milhões de indivíduos obesos, sendo que 56% da população está acima do peso, o que torna a obesidade uma questão de saúde pública. O gastroenterologista Marcondes Costa Marques, credenciado ao Mato Grosso Saúde pela Clínica Vida, alerta neste dia 04 de março, Dia Mundial de Combate à Obesidade, que este problema de saúde traz ainda mais preocupação por estar na relação dos fatores de risco para a Covid-19.

Antes de entrar na questão da pandemia, o especialista explica que a obesidade se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e tem como principal causa a alimentação inadequada ou excessiva e como causa secundária o sedentarismo. Outras causas podem estar associadas a fatores genéticos, metabólicos, hormonais e até mesmo psicológicos.

“A obesidade, independentemente de padrões estéticos, é considerada uma doença crônica que pode ocasionar outros problemas de saúde, porque o acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de doenças como o aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, hipertensão arterial, infarto do miocárdio, acúmulo de gordura no fígado, acidente vascular cerebral e também pode estar associado a alguns tipos de câncer”, pontua o médico, observando que estas doenças não são exclusividade de pessoas obesas ou com sobrepeso.

Os portadores de obesidade entraram para o grupo de risco da Covid-19, estando mais propensos a desenvolverem manifestações mais severas da doença. Um dos principais motivos apontados, de acordo com o gastroenterologista, é o constante estado de inflamação em que o corpo se encontra e que sobrecarrega e limita a sua reação.

“O corpo pode não contar com uma resposta imunológica tão efetiva para combater a doença diante de uma infecção pelo novo coronavírus”. Além disso, acrescenta o médico, os quilos a mais, principalmente quando associados a um estilo de vida sedentário, podem comprometer a capacidade respiratória, uma das funções mais afetadas nos casos graves do Covid-19.

A questão é que o isolamento social imposto pela pandemia pode, justamente, contribuir para o sedentarismo e até para um surto de obesidade, já que muitos mudaram suas rotinas, deixando para trás a vida mais ativa e atividades do cotidiano. Ansiedade, estresse também podem estar afetando os hábitos alimentares.

Marcondes ainda observa, por outro lado, que a obesidade é uma doença que pode ser prevenida e combatida. Na maioria dos casos, uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios físicos é suficiente. 

“É importante ressaltar que a obesidade pode ser um agravante para outras doenças, mas que elas podem surgir em pessoas que não apresentem sobrepeso. Para descobrir a causa específica da obesidade ou do sobrepeso, em muitos casos é necessário se consultar com um médico e realizar exames que possam indicar algum tipo de predisposição ao acúmulo de peso”, completa o especialista.

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Parmenas Alt
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