O litro do álcool hidratado e da gasolina completa neste início de julho a quarta semana de preços em queda em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com o observado no mercado local a partir do dia 12 de junho, o limite de baixa para a gasolina foi de R$ 2,43 e para o álcool, R$ 1,05. Com os recuos acumulados nas últimas semanas, Mato Grosso mantém o valor de bomba mais barato para o álcool no Brasil, R$ 1,17, e o litro da gasolina que já foi o mais caro do país é agora o 10°, no ranking dos 26 estados e Distrito Federal. A temporada de promoções teve início em 4 de junho, com o recuo dos preços do hidratado em Várzea Grande.
Em nova rodada da pesquisa de preços semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a queda de preços no acumulado das últimas quatro semanas de é 4,42%, ou R$ 0,12 para o litro da gasolina e de 10,68%, ou R$ 0,14 no litro do hidratado. Já o óleo diesel no Estado é o terceiro mais caro do país, com preço médio de R$ 2,27, valor praticamente inalterado nas últimas semanas. O litro mais caro deste combustível está em Roraima (R$, 2,46) e no Acre (R$ 2,42).
Conforme a pesquisa da ANP, a diferença de preços entre o litro do álcool hidratado em Mato Grosso para o comercializado no varejo paulista aumentou na última semana. Enquanto o preço médio para o litro no Estado é R$ 1,17, em São Paulo é de R$ 1,25. Na semana passada a pesquisa da ANP trazida como média de bomba para o combustível no Estado, R$ 1,21, quando Mato Grosso conquistou a posição de Estado com o litro do álcool hidratado mais barato do país.
No ranking da ANP a gasolina mais cara está no Acre, R$ 2,93, e o álcool mais caro está em Roraima, R$ 2,12.
Com valor médio de R$ 2,59 na bomba apurado pela ANP, a gasolina comercializada no Estado despencou da semana passada para esta do oitavo para o décimo lugar. Neste atual levantamento de preços, a ANP apurou mínimas de R$ 2,44 em Cuiabá e de R$ 2,48 em Várzea Grande, para o litro da gasolina, e máximas de R$ 3,20 por litro, em Sorriso (460 quilômetros a médio norte de Cuiabá). Porém, o Diário encontrou no início da semana passada valor de bomba a R$ 2,43, em Várzea Grande. Até ontem, o posto Planalto Ipiranga mantinha esse valor para os pagamentos feitos à vista.
Para o hidratado a ANP apurou mínima de R$ 1,05 em Cuiabá e máximas de R$ 1,73 a R$ 1,90 em Alta Floresta (800 quilômetros ao norte de Cuiabá).
EXPLICAÇÃO – A temporada de preços baixos ao álcool reflete o período de safra, mas que neste ano teve uma agravante: as chuvas interromperam a colheita em abril e, sem atividade, a usinas foram obrigadas a desovar parte de seus estoques para fazer caixa. Os dois fatores derrubaram os preços. Na semana passada o preço do litro nas 11 usinas estaduais fechou em média a R$ 0,50, enquanto que para o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool) o ideal seria R$ 0,80.
Se há alguma justificativa para a queda nos valores de bomba da gasolina, ela está atrelada ao álcool. Segundo gerentes de postos, a queda da gasolina foi em função da baixa nos preços do álcool, uma vez que o anidro é utilizado na mistura com a gasolina. Caindo os preços do álcool, conseqüentemente os preços da gasolina também sofrem redução, embora em menor proporção, porque a adição à gasolina é de 25%. (MP)