Uma queda seguida de um suposto erro médico podem ser as causas da amputação do braço direito de Mariana Alves Rodrigues, de 7 anos, em Goiânia (GO). A queda ocorreu há duas semanas, quando ela brincava na casa da avó, provocando fissura no osso.
O médico que a examinou, no Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (CROF), engessou seu braço.
Segundo a mãe, Flávia Rodrigues de Oliveira, a menina reclamou de dores no dia seguinte. De volta ao consultório, ela foi examinada por outros médicos, que providenciaram a troca do gesso por talas. Porém, segundo o relato da dona de casa, um deles disse: “Ela não tem nada, é manha da menina.”
A intensidade das dores e das reclamações levou a família a procurar ajuda médica no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Constatou-se um quadro de septicemia (infecção generalizada) e necrose do braço. Decidiram amputar o membro. “Fiquei chocada”, disse ontem a mãe da menina. “O médico me disse que teria de amputar o braço ou a Mariana morreria. Não tive escolha.”
O caso foi registrado no posto policial do hospital e denunciado ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO). “Abrimos sindicância e vamos investigar se ocorreu erro médico”, afirmou no sábado o presidente do conselho, Salomão Rodrigues Filho.
O secretário municipal da Saúde, Paulo Rassi, informou que vai “acompanhar as investigações do conselho”. Disse também que o exame histopatológico, feito após a cirurgia, poderá apontar o que aconteceu.