domingo, 22/12/2024
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Gaeco descobre núcleo que lavava dinheiro para deputados e empresários em Cuiabá-MT

As investigações do Ministério Público Estadual (MPE) que culminaram na Operação Bereré mostram que pelo menos 17 pessoas agiram como laranjas com o objetivo de lavar os R$ 30 milhões desviados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) por meio de contratos fraudulentos com a empresa EIG Mercados.

Os nomes dos acusados de lavar o dinheiro para políticos e empresários estão na denúncia feita pelo MPE ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na última quarta-feira (16).

O grupo, chamado de “autônomo”, segundo os promotores do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), era composto pelo filho do deputado estadual Mauro Savi (preso na Operação Bônus), Marcelo Savi, Odenil Rodrigues de Almeida (assessor parlamentar do deputado estadual Guilherme Maluf – PSDB), Sebastião Miranda de Lima Silva, Tiago Vieira de Souza Dorileo, Francisco Carlos Ferres, Vinicius Pincerato Fontes de Almeida, Adriana Rosa Garcia de Souza, Andreo Darci Mensch Leite, Roberto Abrão Júnior, Walter Nei Duarte Ramos, Dasayevis Luciano de Freitas Azambuja, Jovanil Ramos dos Santos, Antônio Fernando Ribeiro Pereira, Silvana Badotti Ferres, Sônia Regina Busanello de Meira, Rafael Badotti e Ivanilda Santos Henry.

Na denúncia, o Gaeco aponta que todos os citados atuavam de forma “alinhada”, mesmo quando havia mudanças no Governo, ou seja, após a transição das gestões Silval Barbosa/Pedro Taques, em 2015.

Quando Silval deixou o comando do Estado, as investigações mostram que o ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques passou a receber a propina paga pela EIG o que “fazia clã sucedido”. Além disso, os desvios do dinheiro ocorriam de forma pulverizada e com transações de baixo valor para não chamar a atenção dos órgãos de controle.

Operação Bereré

A Operação Bereré foi desencadeada no dia 19 de fevereiro, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que vasculhou a Presidência da Assembleia, bem como o gabinete de Savi, além das casas dos dois parlamentares. A casa de Savi localizada em Sorriso também foi alvo de mandado de busca e apreensão.

As investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Defaz), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo Naco Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília (DF), pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do Bope.

No entanto, no último dia 9 de maio, foi deflagrada a Operação Bônus – que é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Operação Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas.

Naquela data, foram expedidos pelo Tribunal de Justiça, seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.

Foram presos o deputado Mauro Savi, afastado do cargo parlamentar, os advogados Paulo e Pedro Jorge Taques, os empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, vulgo “Grilo”, além do ex-diretor-presidente da EIG Mercados, Valter José Kobori.

A investigação apura esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propina, por meio de contrato da empresa EIG Mercados e o Detran, na ordem de R$ 30 milhões, que operou de 2010 a 2016.

 

 

 

 

 

RepórterMT

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Parmenas Alt
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