O G20, grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, analisa a ideia de proibir a entrada de corruptos e corruptores em seus países negando vistos e refúgio. O Brasil, no entanto, resiste à proposta, que é liderada pelos Estados Unidos, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Documentos relatam que não há consenso no governo do País sobre o assunto, que é considerado "sensível", "polêmico" e "difícil". Desde 2012, representantes da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério das Relações Exteriores, da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça debatem o tema.
O Brasil cobra uma definição dos parâmetros sobre quem se enquadraria no termo "corrupto" e sobre quem seria penalizado – ainda não existe consenso sobre se o nome valeria apenas para condenados por corrupção ou também para os que não foram julgados. No G20, os líderes também discutem a aplicação da punição também para familiares de corruptos – o que contraria a Constituição brasileira. Os defensores da proposta defendem que a negação dos vistos e o controle impediriam que o corrupto gastasse dinheiro ilegal fora do país. Oficialmente, o governo brasileiro nega qualquer tentativa de atrasar a proposta e diz afirma que o assunto está ainda em discussão.