Governador da cidade norte-americana pediu que os moradores deixem suas casas e se sigam para regiões seguras; Pentágono mobilizou mais de três mil guardas para ajudar
A passagem do furacão Ian por Cuba durante a madrugada de terça-feira, 27, deixou o país todo no escuro e ocasionou a morte de duas pessoas. Agora, ele segue em direção a Flórida e já alcançou a categoria 4, em escala de cinco, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). As previsões estimam ventos “devastadores”. Às 05h (06h no horário de Brasília) uma ordem de evacuação foi emitida para uma dúzia de condados costeiros da Flórida, com uma recomendação de evacuação voluntária para várias outras cidades, de acordo com os serviços de emergência. O governador Ron DeSantis, declarou estado de emergência em dezenas de condados. “É preciso sair agora. Vocês vão começar a sentir grandes impactos da tempestade em breve”, disse ele. De acordo com os dados mais recentes, da aeronave Hurricane Hunter da Força Aérea, os ventos máximos sustentados aumentaram para 220 quilômetros por hora. O NHC alertou que “uma tempestade com risco de vida é esperada na costa oeste da Flórida e na parte baixa de Florida Keys”, com ventos “devastadores” no centro do furacão. “Inundações catastróficas são esperadas em várias áreas da Flórida central”, acrescentou.
A previsão é que a tempestade chegue à costa nesta quarta-feira e avance pela Flórida antes de retornar ao mar ao longo da costa oeste deste estado do sul dos EUA na quinta-feira. O Pentágono mobilizou 3.200 guardas nacionais e outros 1.800 soldados estão a caminho. Autoridades de vários municípios distribuíram sacos de areia para ajudar os moradores a proteger suas casas. Em sua passagem por Cuba, o furacão atingiu a categoria 3 e deixou a ilha mergulhada na escuridão depois de causar um apagão generalizado. “Não há serviço de energia elétrica em nenhuma área do país no momento”, declarou na terça-feira à noite Lázaro Guerra, diretor técnico da estatal União Elétrica. San Juan y Martínez, a 190 km de Havana, foi um dos locais mais castigados e área de plantações de tabaco em Pinar del Río há cultivos inundados, árvores arrancadas, muitas como se tivessem sido cortadas com um machado. O ministério de Minas e Energia citou uma “condição excepcional”, cuja solução exige “muita precisão”, e afirmou que o serviço será restabelecido de forma paulatina durante as próximas horas no país de 11,2 milhões de habitantes.
*Com informações da AFP-jOVEMpAN