Os colaboradores dos Correios estão ameaçando entrar em greve novamente. Isso porque a categoria não está feliz com a liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, sobre a suspensão do plano de saúde dos funcionários.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios (Fentec) irá realizar reuniões na quarta-feira (15) e na quinta-feira (16) com os sindicatos para tratar do assunto. No dia 29 de janeiro ocorrerá a assembleia para votação da greve. Tudo indica que no dia 30 poderá haver uma paralisação.
O funcionários reclamam bastante do valor que pagam em procedimentos médicos e os gastos com internações. No ano passado, a categoria entrou em greve no mês de setembro por conta, principalmente, desse fator.
“Parece que a diretoria quer provocar greve. O pessoal já foi penalizado no julgamento do dissídio quando caiu o plano de saúde para pai e mãe dos empregados. Foi decisão do TST, o pessoal aceitou, mas parece que a diretoria não considerou suficiente e conseguiu a liminar do Toffoli para mudar o compartilhamento”, afirmou Marcos Alves, da Adcap (Associação dos Profissionais dos Correios), ao jornal “Folha de S. Paulo”.
Bolsonaro diz que privatização dos Correios é complexa
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, na última semana, que deseja privatizar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), no entanto, reconheceu as dificuldades da desestatização.
“Não são fáceis as privatizações. Até o próprio Correio que a gente quer privatizar tem dificuldade. Se eu pudesse privatizar hoje, privatizaria. Mas não posso prejudicar o servidor dos Correios”, disse Bolsonaro.
Além disso, o presidente também afirmou que não há garantias de que até o final de seu mandato os Correios serão privatizados. É importante lembrar que o Governo Federal integrou, em outubro do ano passado, a ECT e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras) ao Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) com o intuito de estudar a privatização da empresa.