No primeiro estudo sobre o fumo passivo dentro de automóveis em condições reais de uso do veículo, pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard descobriram que o consumo de cigarros pode gerar níveis perigosos de fumaça.
Mesmo com a janela do motorista um pouco aberta, as concentrações médias de partículas suspensas respiráveis (RSP) atingiram níveis considerados “perigosos” pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). No estudo, foram encontrados níveis de 272 µg/m3 (microgramas por metro cúbico), com picos de 505 µg/m3. O índice de qualidade do ar da EPA considera concentrações superiores a 40 µg/m3 como “nocivas á saúde de grupos sensíveis”, como crianças e idosos, e superiores a 250 µg/m3 como “perigosos” para a população em geral.
O fumo passivo pode ter efeitos nocivos nas crianças, incluindo um aumento na probabilidade de infecção do ouvido, infecções respiratórias, síndrome da morte súbita infantil e agravamento dos sintomas da asma.
Mesmo fumar um único cigarro por cinco minutos pode gerar níveis potencialmente perigosos de partículas.
O estudo será publicado na edição do novembro do American Journal of Preventive Medicine, e já está disponível online.
OE