Dez árbitros escolhidos a dedo para apitar seis decisões. Nas finais do Paulista, os clubes terão de acatar a escolha de qualquer um deles para apitar os confrontos.
“Não existe veto”, disse, enfático, o presidente da federação, Marco Polo Del Nero.
Os dez nomes escolhidos pelo chefe da Comissão de Arbitragem da FPF, Marcos Marinho, são: Paulo César de Oliveira, Sálvio Spinola, Wilson Seneme, Flávio Guerra, José Henrique de Carvalho, Rodrigo Braghetto, Luiz Flávio de Oliveira, Antonio Batista do Prado, Cleber Abade e Rodrigo Cintra.
Isso possibilitará, por exemplo, que o árbitro Sálvio Spinola, desafeto são-paulino, atue em alguma das partidas envolvendo o clube do Morumbi.
No clássico contra o Corinthians, pela quarta rodada, ele anulou um gol de Adriano nos instantes finais que daria a vitória aos são-paulinos. Também deixou de marcar pênalti de Chicão em Dagoberto.
A diretoria são-paulina pediu, formalmente, veto a Sálvio em seus jogos. Apesar de oficialmente não aceitar vetos de clubes a árbitros, a FPF não escalou mais o juiz para apitar duelos do time tricolor.
Questionado ontem, sobre o assunto, o vice de futebol do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, desconversou.
“O São Paulo não veta ninguém. Descontente naquele momento, o clube teceu suas considerações”, afirmou o dirigente são-paulino.
Domingo, na rodada decisiva do Paulista, a FPF escalou propositalmente árbitros estreantes nos jogos dos quatro grandes, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.
Segundo Marinho, a medida havia sido pensada propositalmente para evitar reclamações posteriores de clubes, dirigentes ou jogadores sobre possíveis erros da arbitragem.
Ele já havia adiantado, porém, que não seria possível fazer o mesmo nos mata-matas.
Nas partidas das finais, árbitros anteriormente limados terão uma segunda chance.
É o caso de José Henrique de Carvalho, que foi afastado por 15 dias pelo próprio chefe da comissão após erro grosseiro no jogo entre Corinthians e Guaratinguetá, pela 13ª rodada. O árbitro deu dois cartões amarelos para o mesmo jogador do time visitante.
Outro profissional que passou um período na geladeira não teve a mesma sorte. Rodrigo Guarizo, que deixou de dar o segundo cartão amarelo no pênalti feito pelo santista Marcinho Guerreiro no jogo contra o Guarani, pela décima rodada do campeonato, não está na lista da federação.
Marinho havia dito que o critério para escolha dos árbitros dos mata-matas levaria em conta o histórico na competição, principalmente a atuação em clássicos.