quinta-feira, 21/11/2024
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Força da ONU no Líbano será liderada pela França até 2007

“Já temos, apenas com o que há sobre a mesa, entre 6.500 e 7.000 soldados, o que quer dizer que a coluna vertebral da Finul será européia”, declarou o ministro francês durante uma coletiva de imprensa à margem da reunião realizada em Bruxelas.

A Espanha ofereceu de mil a 1.200 soldados para a força internacional da ONU no Líbano. A Polônia anunciou 250 soldados, enquanto que a Bélgica propôs entre 300 e 400 soldados.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, propôs que a Itália assuma o comando da força internacional das Nações Unidas no Líbano (Finul) a partir de fevereiro de 2007, em substituição à França, informou uma fonte européia.

O presidente francês Jacques Chirac e a chanceler alemã, Angela Merkel, se reuniram nesta sexta-feira, em Paris, para abordar o tema da Força Interina (Finul) no sul do Líbano e a crise nuclear iraniana. Apesar do interesse de ambos os líderes a respeito da situação no Líbano, Chirac deu a entender que os capacetes azuis da nova Finul ampliada, que deve ser mobilizada no sul deste país, serão muito menos do que os 15 mil inicialmente previstos.

“O número proposto a princípio, que foi de 15 mil homens para uma Finul reforçada, é totalmente excessivo e não tem sentido”, disse o presidente francês na entrevista coletiva à imprensa concedida com Merkel, na qual ambos se mostraram muito críticos em relação à Síria

Na quinta-feira, a França anunciou que terá no país 2 mil soldados. Nesta sexta-feira, 150 soldados franceses desembarcaram no porto de Naqura, no sul do Líbano

A Itália também deve revelar o número efetivo de militares que enviará. Os italianos disseram que podem contribuir com até três mil homens. A Itália prevê um “mecanismo de rodízio” à frente da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) e a criação de uma “estrutura de direção intermediária” entre a célula estratégica da ONU e o comando operacional atuante em território libanês, afirmou o ministro de Exteriores italiano, Massimo d”Alema. Segundo ele, se a missão de paz internacional na fronteira do Líbano com Israel for bem sucedida, uma força internacional deveria também ser enviada para a Faixa de Gaza.

A Bélgica enviará 302 soldados para a nova força internacional da ONU no Líbano, que serão mobilizados entre o final de setembro e o início de outubro, informou nesta sexta-feira o primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt.

O ministro da Informação do Líbano, Ghazi Al Aridi, afirmou hoje que o Exército libanês se posicionará na fronteira com a Síria, e não os soldados da força multinacional, que ficarão no sul do país.

A ampliação da força de paz no Líbano foi aprovada como parte do cessar-fogo que terminou com o conflito de um mês entre Israel e o grupo militante Hezbollah. No entanto, logo após o acordo, começaram a surgir dificuldades para tirar a proposta do papel.

Entre os problemas estavam dúvidas sobre qual seria exatamente o mandato da força de paz, se ela teria, por exemplo, que desarmar os homens do Hezbollah.

Também questionavasse até que ponto os soldados da ONU a permissão de se defender em uma regia conhecidamente volátil e historicamente perigosa para tropas de paz – na década de 80, 242 soldados americanos e 60 franceses foram mortos em atentados no sul do Líbano em um único dia.

A dúvida sobre a atitude de Israel após a chegada de novas tropas da ONU também gerou preocupações. Durante o conflito, quatro observadores da organização foram mortos em um bombardeiro de Israel.

Ao anunciar a contribuição da França na força de paz na quinta, o presidente Jacques Chirac disse que o país recebeu “os esclarecimentos necessários” de Israel, Líbano e ONU para aumentar sua participação na Unifil.

A organização tinha se mostrado bastante decepcionada com a resposta inicial dos países da União Européia – especialmente a França – para seu pedido feito de acordo com a resolução 1701.

A França foi bastante criticada por ter se comprometido inicialmente apenas 200 soldados. O país havia dito que estava preparado para liderar as tropas, o que passou a ser questionado após a atitude tímida dos franceses na primeira semana após o cessar-fogo.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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