Após adquirir a obra de arte, o homem organizou um evento no hotel Península de Hong Kong com jornalistas e influenciadores. Na ocasião, ele deu uma mordida na banana.
Imagine a cena: um empresário paga quase R$36 milhões de reais por uma banana que está pregada em uma parede por uma fita isolante. Em seguida, come a fruta.
Em seguida, ele decide comprar as mais de 100 mil outras bananas da barraca onde originalmente adquiriu a primeira fruta.
Justin Sun disse na plataforma X que tem a intenção de adquirir o estoque restante de bananas do local, que fica em Manhattan – EUA, onde deve pagar US$25 centavos por cada fruta original.
Esse novo investimento iria totalizar US$25 mil, ou aproximadamente R$152 mil. A banana da obra de arte foi consumida durante uma coletiva de imprensa realizada em Hong Kong na manhã desta sexta-feira (29).
Banana era parte da obra de arte Comedian
O famoso empresário e fundador da plataforma de criptomoedas Tron comprou uma obra de arte pelo valor de US$6,2 milhões e, em seguida, comeu a banana que a compunha.
Na coletiva de imprensa, Sun afirmou que esta banana, especificamente, “é muito melhor do que outras”. Ao relacionar a experiência com conceitos de criptomoedas, afirmou em uma conferência que, ao comer banana, poderia estar complementando a história da própria obra.
Comedian (“Comediante”, em português), a obra em questão, foi negociada pela casa de leilões Sotheby’s na semana anterior e atraiu o interesse de sete potenciais compradores.
O resultado foi um aumento de preços, que começou com US$800 mil (cerca de R$4,79 milhões) até alcançar o valor final de US$6,2 milhões com comissões.
O artista italiano Maurizio Cattelan afirmou que o fato de o comprador ter comido a banana não interferiu na obra e que a banana já foi substituída.
Em entrevista ao jornal italiano “La Repubblica”, Cattelan disse que a obra questionava o valor da arte e a dinâmica desse mercado, gerando um questionamento sobre o que a obra “diz sobre nós como espectadores”:
“Foi o mercado que decidiu levar tão a sério uma banana presa na parede. Se o sistema fosse tão frágil a ponto de escorregar em uma casca de banana, talvez ele já fosse escorregadio”.
Empresário disse que viveu experiência única
Após a compra, Sun disse que comeu a banana como parte de uma experiência artística única, celebrando seu lugar na história da arte e cultura popular. O empresário, de 34 anos, já havia se destacado ao adquirir uma escultura de Alberto Giacometti, “The Nose”, por R$422 milhões na época (US$78 milhões) em 2021.
O comerciante Shah Alam, que vendeu a banana ao artista por US$25 centavos, expressou frustração ao saber do valor milionário da obra. Ex-funcionário público de Bangladesh, Alam trabalha 12 horas por turno em uma barraca de frutas nos Estados Unidos desde 2007.
Quando Sun afirmou sua intenção de adquirir todo o estoque, Alam disse que não seria possível, “pois o investimento custaria milhões”. Além disso, seria necessário transportar um número muito grande de caixas de 100 quilos, o que dificultaria a realização do negócio.
Não foi a primeira vez que a banana da obra de arte foi comida. Em outra ocasião, um estudante sul-coreano também comeu a banana exibida no Leeum Museum of Art, destacando que a fruta é regularmente substituída para manter sua aparência. A Sotheby ‘s confirmou que, ao adquirir a obra, não se compra a banana em si, mas um certificado de autenticidade que autoriza o proprietário a reproduzir a instalação.
O valor elevado atribuído à obra de Cattelan não foi detalhadamente explicado pela Sotheby’s, mas a nota da casa de leilões menciona que o trabalho atraiu atenção global desde sua primeira exibição.
Fonte: Brasil Paralelo
