A missão europeia ExoMars 2016, primeira de um programa da Agência Espacial Europeia (ESA) e da russa Roscosmos arrancou ontem segunda-feira (14) para Marte a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
"Estamos a caminho de Marte. Excelente", declarou o diretor geral da ESA, Jan Woerner, após o lançamento do foguete russo.
O lançamento ocorreu sem incidentes às 06h31 de Brasília, como estava previsto, e a sonda espacial Proton-M deverá chegar a Marte em outubro, quando a cápsula se irá dividir em duas partes.
Dentro de um foguete russo Proton-M, seguem um satélite e um módulo de entrada, descida e pouso em Marte.
O plano de voo prevê que o satélite, o TGO, se separe do foguete ao fim de dez horas e meia, e abra os painéis solares que lhe vão dar energia para continuar a viagem e se manter, depois, na órbita de Marte.
De acordo com a ESA, só a 16 de outubro, depois de entrar na órbita do planeta, é que o satélite se separa do módulo, o 'Schiaparelli', que deverá entrar na atmosfera marciana e pousar na superfície passados três dias.
O ExoMars inclui uma segunda missão, que prevê o envio para Marte, em 2018, de um veículo robotizado, o primeiro europeu no planeta, que vai andar na superfície e recolher e analisar amostras do subsolo que possam conter marcadores biológicos de vida passada, ou até presente.
Pela segunda vez, a ESA vai colocar um aparelho na órbita de Marte, para estudar o planeta, depois de ter enviado, em 2003, a sonda Mars Express, que confirmou, em 2007, a existência de água, perto do Polo Sul.
Com uma 'esperança de vida' de cinco anos, o Trace Gas Orbiter (TGO) vai procurar gases rarefeitos na atmosfera de Marte, em particular metano, um indicador de que pode haver, ou ter havido, vida no 'planeta vermelho'.
Por NotíciasaoMinuto