A entrada de dólares no país já supera os US$ 7 bilhões nos primeiros dias deste mês. O saldo do chamado câmbio contratado, que indica a entrada e saída de moeda estrangeira no país, estava em US$ 7,112 bilhões até o dia 20 de julho. Os dados parciais foram divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central.
Em junho, o fluxo ficou positivo em US$ 16,561 bilhões, o maior valor para um único mês, e fechou o primeiro semestre do ano em US$ 51,627 bilhões.
Da movimentação de moeda estrangeira dos primeiros 20 dias de julho, a balança comercial contribuiu positivamente com US$ 2,540 bilhões –US$ 8,567 bilhões de exportações e US$ 6,027 bilhões. Já o chamado fluxo financeiro está positivo em US$ 4,572 bilhões, com compras de US$ 22,099 bilhões e vendas de US$ 18,527 bilhões.
Com a forte entrada de dólares, o BC tem elevado suas compras no mercado de câmbio. Em junho, elas somaram US$ 9,4 bilhões, contra o recorde histórico de US$ 14,6 bilhões de maio.
No acumulado do ano, o valor chega a US$ 56,9 bilhões, superando o total de intervenções feitas durante todo o ano passado (US$ 34,336 bilhões).
O BC tem aumentado suas compras na tentativa de evitar a valorização do real frente ao dólar. Com essas intervenções, as reservas terminaram o primeiro semestre em US$ 147,101 bilhões, uma elevação de 71,4%, mais de US$ 60 bilhões em apenas seis meses.
Dívida
A dívida externa brasileira cresceu mais de US$ 12 bilhões no mês, chegando a US$ 196,4 bilhões em junho, contra US$ 182,082 bilhões da posição anterior do BC, referente ao mês de março.
O endividamento de médio e longo prazo totalizava US$ 146,461 bilhões em maio. Já a de curto prazo somava US$ 49,968 bilhões. Em março, essas duas dívidas estavam em US$ 147,509 bilhões e US$ 34,573 bilhões, respectivamente.
FO