“Água é alimento, e precisa ser tratada com respeito. Temos problemas de rompimento de redes e vazamentos, mas também de desperdício, o que custa muito aos cofres públicos”
ALTNOTÍCIAS
Em visita ao Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE) nesta sexta-feira, 03/01 – prefeita Flávia Moretti, declarou que a reconstrução do órgão será conduzida pela Concessão Privada, e destacou que a situação precária das estruturas públicas exige medidas urgentes. “Temos de reescrever a história do DAE do zero”, enfatizou a gestora ao afirmar que as ações vão ser intensificadas para melhorar a ainda mais o fornecimento de agua a todos os bairros da cidade. “A partir de agora é trabalhar três vezes mais para conseguirmos levar água para as pessoas, lógico, um trabalho dentro do planejamento que está sendo traçado para os próximos 100 dias com vistas a amenizar o sofrimento da população”, afirmou a prefeita.
Em entrevista à imprensa, Flávia Moretti reforçou que o problema de abastecimento será enfrentado com planejamento estratégico e uma grande força-tarefa. Segundo a prefeita, ainda não foi aberto o edital para o processo de concessão devido ao recesso da Câmara Municipal, mas os procedimentos técnicos e a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico já estão sendo avaliados e são o ponto de partida para a mudança do modelo.
Ela aproveitou a oportunidade para desmentir informações de que a solução levaria de 10 a 20 anos, afirmando que a concessão é um processo gradual, mas com resultados visíveis em médio prazo.
“Não se trata de privatização do DAE, e sim de uma concessão privada, que inclui etapas como a análise da situação dos servidores e a transição para uma possível gestão pela concessionária. O processo deve levar cerca de um ano e meio para ser concluído, mas já estamos focados em melhorias na distribuição”, explicou.
OPERACIONALIZAÇÃO – O presidente do DAE, Coronel Sandro Azambuja, destacou que a cidade produz nas cinco ETAs cerca de 115 milhões de litros de água tratada diariamente, mas enfrenta desafios na distribuição devido à rede antiga, mal planejada e repleta de vazamentos. “Não posso colocar toda essa água na rede com alta pressão, pois os canos antigos não suportariam. Estamos diagnosticando o que precisa ser melhorado, dividido e construído para que as ETAs atendam a cidade como um todo” disse Azambuja.
Sandro também ressaltou a importância de reduzir o desperdício de água, que é tratado como um problema cultural e econômico. “Água é alimento, e precisa ser tratada com respeito. Temos problemas de rompimento de redes e vazamentos, mas também de desperdício, o que custa muito aos cofres públicos”, pontuou o presidente.
Sobre os próximos passos, o presidente informou que o diagnóstico inicial dos vazamentos já começou e que será necessário adquirir materiais para reparos e melhorias. “Esperamos que nos próximos 100 dias já tenhamos resultados concretos na distribuição de água”, frisou o coronel
A visita ao DAE foi a segunda agenda in loco da prefeita desde sua posse, reafirmando o compromisso de priorizar as principais demandas do município, como o abastecimento de água e a saúde pública.