A nota de crédito do Brasil dada pela agência de classificação de risco Fitch, segundo indicacção dada por Shelly Shetty, diretora sênior da empresa para a América Latina. Em vídeo divulgado nesta segunda-feira, a executiva afirmou que a píora adicional da economia, a deterioração mais acenturada das contas fiscais a escalada da dívida bruta e dificuldades extras na governabilidade podem colocar pressão adicional para o rebaixamento da nota.
"A Fitch mantém a perspectiva negativa para o rating porque acredita que o desempenho fraco da economia e das contas fiscais vai continuar", diz a diretora no vídeo, como informa o jornal O Estado de S. Paulo. "O cenário econômico brasileiro está se tornando mais desafiador. As perspectivas de crescimento de médio prazo também são fracas se comparadas com outros grandes mercados emergentes.
No dia 2 de setembro, por causa da piora das contas públicas, do cenário político problemático para o governo e da retração da economia, a agência Standard & Poor's tirou o Brasil da lista dos considerados bons pagadores. Fitch e Moody's, as outras duas agências de referência internacional, ainda mantêm o Brasil na lista dos bons pagadores. Em ambas, no entanto, a nota brasileira está com perspectiva negativa, o que indica que ela pode ser reduzida nos próximos dezoito meses.
Se o Brasil perder o selo de bom pagador na escala de mais uma agência, o país deve perder enormes volumes de recursos hoje aplicados na economia brasileira por grandes investidores institucionais estrangeiros, como fundos de pensão. Isso ocorre porque o estatuto da maior parte desses fundos só permite aplicar recursos em ativos (ou países) que recebam o selo de bom pagador de pelo menos duas agências de referência.
Site:Veja