Bem?
Alguns números: todos os 41,3 milhões de trabalhadores brasileiros
com carteira assinada terão desconto na folha de pagamento deste mês de março,
compulsoriamente, do valor de um dia de trabalho como contribuição sindical. É
este dinheiro que sustenta os sindicatos no Brasil. No ano passado, a
arrecadação foi de R$ 3,2 bilhões, rateados entre os 15.315 sindicatos ? uma
alta de 13% frente a 2012. Os próprios sindicalistas admitem que muitos são
criados apenas para garantir os repasses das verbas do imposto sindical.
A cobrança foi criada em 1943, pela ditadura de Getúlio Vargas. Do
total arrecadado, 60% são repassados aos sindicatos, 15% às federações, 5% às
confederações e 20% ficam com o Ministério do Trabalho, para financiar programas
como o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que custeia o seguro-desemprego e o
PIS.
Em 2008, o então presidente Lula determinou que, do total repassado
ao FAT, 10% deveriam ser destinados às centrais sindicais. De lá para cá, as
centrais já receberam cerca de R$ 530 milhões, valor que não precisa ter nenhuma
prestação de contas.
CUT e Força Sindical ficam com as maiores parcelas do imposto, R$
44,5 milhões e R$ 40 milhões, respectivamente. Apesar de se declarar formalmente
contra a cobrança, a CUT não devolve o dinheiro aos trabalhadores.
Vamos a um
extrato da mídia.
Trecho
do Globo de março de 2014: