O ex-presidente cubano Fidel Castro acusou nesta quinta novamente o governo do México de ter encoberto a existência da gripe suína e afirmou que nada mudou nesse país em oito anos.
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Em mais um artigo na coluna Reflexões, divulgado pela televisão estatal, Fidel afirma que México e Estados Unidos “se tornaram exportadores mundiais da epidemia” e que “talvez essa fulminante expansão pudesse ter sido evitada”.
As declarações do líder cubano são feitas apenas três dias após acusar o governo mexicano de não informar sobre a doença na visita do presidente americano, Barack Obama, ao México.
“Seria possível que no México, nos dias 16 e 17 de abril – datas da visita de Obama – ninguém conhecesse uma palavra do obséquio que, a partir desse país, seria feito ao mundo seis dias depois?”, comentou Fidel.
“Nem sequer os organismos de inteligência dos EUA, especialistas em informação, conheciam o que estava a ponto de ocorrer?”, questiona o ex-presidente, que assegura que “nada mudou no México durante os últimos oito anos, exceto o vírus”.
O ex-chefe de Estado de 82 anos acusa o governo mexicano de mentir e questiona a razão de “falar de supostas represálias como foi suspender uma viagem já suspensa?”, em alusão à visita que o presidente mexicano, Felipe Calderón, tinha previsto realizar a Cuba em abril ou maio.
“Por acaso é mais importante o dinheiro do turismo e as linhas aéreas que a vida de um compatriota? Por que ameaçar?”, afirma.
Fidel havia acusado pela primeira vez o governo do México de encobrir a doença no último dia 11, em artigo que gerou enorme polêmica no país, e suas palavras foram desmentidas pelas autoridades de saúde mexicanas.
Apesar do nome, a doença não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.
EFE