O ex-presidente cubano Fidel Castro negou relatos de que estava morto ou à beira da morte em um artigo publicado nesta segunda-feira na imprensa estatal cubana.
Fidel acusou as agências de notícias e os inimigos de Cuba de espalharem "tolices" sobre ele, especialmente uma reportagem de um jornal espanhol na semana passada dizendo que ele tinha sofrido um derrame e estava em estado vegetativo. "Aves de mau agouro! Eu nem me lembro o que é uma dor de cabeça", escreveu.
O artigo escrito no jornal Granma, do Partido Comunista, foi acompanhado por fotografias mostrando Fidel andando ao ar livre em um dia ensolarado no que parecia ser uma fazenda. Ele usava um chapéu de palha e camisa xadrez vermelha, caminhava com uma bengala e, em uma foto, segurava um exemplar do Granma de sexta-feira.
As fotos, disse Fidel, eram "a prova de que eles são mentirosos."
Boatos circularam nas mídias sociais nas últimas semanas sobre Fidel, que tem 86 anos. Ele governou Cuba por 49 anos antes de renunciar, em 2008, por motivos de saúde. O irmão mais novo, Raúl Castro, sucedeu-o como presidente.
Em blogs e no Twitter, Fidel foi declarado morto ou quase morto inúmeras vezes, em consequência de ausências longas da vida pública.
Elias Jaua, ex-vice-presidente venezuelano, disse no domingo que havia encontrado o líder revolucionário cubano no fim de semana e mostrou imagens da reunião a repórteres. Ele afirmou que Fidel estava em boa saúde e lúcido.
Fidel não escrevia uma de suas colunas "Reflexões" para a imprensa estatal desde 19 de junho, e não era visto publicamente desde março.
Ult.Seg
Com Reuters