quinta-feira, 07/11/2024
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FGV: clima econômico mundial melhora, mas no Brasil tem pequena piora

 

O Indicador Ifo/FGV de Clima Econômico da América Latina (ICE-AL) – elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a FGV tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey (WES) –  continuou sua trajetória de melhora iniciada a partir de outubro de 2012, ao passar de 5,2 em outubro de 2012 para 5,5 pontos em janeiro de 2013. Esse resultado levou a que o indicador em janeiro superasse a média dos últimos dez anos em 0,2 ponto. O avanço foi influenciado pelo resultado do Indicador Ifo/FGV de Expectativas (IE-AL), que passou de 5,3 para 6,0 pontos, enquanto o Indicador Ifo/FGV da Situação Atual (ISA-AL) registrou uma pequena piora (de 5,1 para 4,9 pontos) –  e passou para a zona desfavorável. 

No mundo, após dois trimestres seguidos de piora na avaliação do clima econômico, o ICE registrou avanço, passando para uma zona favorável. Os dois indicadores Ifo que compõem o clima econômico tiveram acentuada melhora: o da situação atual passou de 4,1 para 5,0 pontos e o das expectativas de 5,0 para 6,3 pontos. A melhora foi puxada pela Ásia, em especial pela China, onde o ICE passou de 4,7 para 6,1 pontos influenciado pela melhora nas expectativas. Segundo a última projeção do Fundo Monetário Internacional, o país deverá crescer 8,2%, em 2013, o que afasta o temor de uma desaceleração em direção à taxas de 7%. Além disso, melhoras no clima econômico foram também observadas nos Estados Unidos e na União Europeia. Nota-se, porém, que, neste última região, o clima se mantém na zona de avaliação desfavorável. 

Os resultados dos 11 países destacados para análise da Sondagem Econômica da América Latina mostram melhora no Indicador Ifo/FGV de Clima econômico em 5 países: Chile (+0,8 pontos); México (+0,8 pontos); Uruguai (+1,1 pontos); Peru (+1,3 pontos); Paraguai (+1,6 pontos). Em todos esses países, o ICE está na zona de avaliação favorável. No Paraguai, o IE manteve-se constante (7,9 pontos), mas o ISA passou de 3,0 para 6,1 pontos. No Peru, tanto a avaliação da situação atual como as expectativas melhoraram e o país passou da fase de declínio para a de boom. Comportamento idêntico ocorreu no Uruguai.  Em todos esses países, as exportações de commodities têm importante contribuição para o crescimento do produto (acima de 20%), logo, a perspectiva de aumento no comércio mundial para 2013 acompanhada do aumento do produto chinês contribuem para a melhora no clima de negócios. 

Bolívia, Brasil, Equador e Venezuela tiveram queda nos seus indicadores de clima econômico, mas Bolívia e Brasil permanecem com avaliações favoráveis. Na Bolívia, as expectativas não se alteraram, mas piorou a avaliação da situação atual. No Brasil, o ISA passou de 4,9 para 4,6 pontos e o IE de 7,3 para 7,2 pontos. A piora na avaliação da situação atual esteve associada ao consumo, enquanto nas expectativas esteve associada à ligeira piora na avaliação dos investimentos. A perspectiva da balança comercial é também de piora e, consequentemente, o Brasil manteve-se na fase de recuperação, sem avançar para a fase de boom do ciclo econômico. 

Por último, Argentina registrou melhora no ICE, liderada pelas expectativas, mas a avaliação da situação atual continua ruim (3,9 pontos). Na Colômbia, a melhora do ICE foi acompanhada de uma piora na avaliação atual (na zona favorável) e melhora nas expectativas (+0,8 pontos), mas permanecendo na zona desfavorável.

JB

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Parmenas Alt
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