quinta-feira, 07/11/2024
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Festas de fim de ano: como evitar os excessos cometidos nessa época 

Para quem não abre mão das guloseimas…

O mês de dezembro chegou e com ele as confraternizações para marcar o fim de mais um ano. Com tantas opções saborosas nos buffets, fica difícil resistir à tentação de sair fora da dieta. “A questão é escolher e não exagerar para aproveitar as festas e sem peso na consciência”, afirma a endocrinologista Larissa Figueiredo, médica do Sabin Medicina Diagnóstica.

Ela chama atenção para os perigos do excesso de açúcar, não apenas em guloseimas como bolos, tortas e rabanada, mas também em pratos como tender caramelizado, salpicões, farofas e até peru, geralmente ornados com frutas cristalizadas ou em calda.

“Na definição que temos de açúcar, trata-se de carboidrato simples, geralmente doce e solúvel em água, como a sacarose, a glicose e a frutose. Porém, os carboidratos complexos, presentes em quase todos os alimentos (inclusive os tidos como salgados), também elevam o açúcar”, explica Larissa. A especialista alerta que o consumo de açúcar sem a devida moderação, pode causar uma série de complicações no organismo, desde cansaço e envelhecimento da pele até baixa da imunidade, obesidade, diabetes, entre outros problemas mais graves.

“Eventualmente, o açúcar vem com gordura, o que pode aumentar o colesterol, mexer com o labirinto, gerar crises de enxaqueca, irritações gastrointestinais, como gastrites e doença do refluxo”, completa a médica.

Para quem não abre mão das guloseimas, a endocrinologista esclarece que é possível aproveitar os doces nas festas de fim de ano com a devida moderação. A dica é ter consciência no consumo. ”O conselho é fazer escolhas. Se quer uma fatia de bolo ou pudim, tudo bem comer. Não vai fazer mal. Não pode é somar pudim, bolo, rabanada e etc” afirma. Ela destaca, porém, que pessoas com problemas crônicos, como obesidade e diabetes, devem seguir as dietas recomendadas por seus médicos.

Cuidado com açúcar vai além das festas 

Ter atenção ao consumo do açúcar (processado ou in natura) é o primeiro passo para uma vida mais saudável. Porém, é preciso também estar atento para alguns sintomas: caso sinta sede em excesso, vontade constante de urinar, aumento de fome e emagrecimento sem explicação, é importante procurar um profissional médico para entender melhor a situação. Pode ser um início de diabetes. Caso necessário, ele pode indicar exames que avaliam a quantidade de açúcar no organismo.

“Os exames mais solicitados são: o de glicose, que avalia o nível glicêmico e mede a quantidade de açúcar na corrente sanguínea. O de insulina, que controla a quantidade de glicose no sangue. E o de hemoglobina glicada, que avalia o nível glicêmico dos últimos três meses”, explica a endocrinologista.

Os exames de glicose e insulina precisam de jejum de oito horas e estão disponíveis sem a necessidade de agendamento prévio. Ambos têm resultado em até um dia útil. Já o de hemoglobina glicada não precisa de jejum e o resultado sai em quatro dias úteis.

Consumo dos brasileiros é alto 

Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que os brasileiros já consomem, normalmente, 50% a mais do que a quantidade de açúcar recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto o indicado seria até 12 colheres por dia, a população do país ingere, em média, 18 colheres. Porém, nas festas de fim de ano, esse consumo pode ser ainda maior, o que acende o sinal de alerta, especialmente entre os diabéticos.




Edmilson Freitas

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Parmenas Alt
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