O Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) conclui nesta quarta-feira (3), em Washington, a reunião que deverá definir novas medidas de estímulo à economia dos Estados Unidos.
A expectativa do mercado é de que o Fed opte pela compra de centenas de bilhões de dólares em dívida do governo norte-americano para incentivar a recuperação econômica.
As autoridades estão atentas ao desemprego de 9,6% no país e temem que possa surgir uma espiral deflacionária. O núcleo da inflação no país já chegou aos menores níveis desde a década de 1960.
Efeito mínimo
O Fed espera que a compra adicional de bônus governamentais diminua os juros e impulsione o gasto do consumidor. Porém, muitos economistas – e alguns membros do Fed – alertam que o efeito da medida pode ser mínimo. Alguns também se preocupam que o programa, razão de um debate vigoroso dentro do banco central, possa reduzir ainda mais a inflação.
“Quando se tem taxas de juros tão baixas quanto estão, elas não podem diminuir muito, por isso eu não espero resultados avassaladores nessa ação”, disse Paul Volcker, ex-chairman do Fed.
O Fed cortou as taxas de juros para quase zero em dezembro de 2008 e já comprou cerca de US$ 1,7 trilhão em dívida do governo dos EUA e bônus atrelados a hipotecas.
Analistas esperam, agora, uma segunda rodada de compra de Treasuries no total de US$ 500 bilhões de dólares, realizada ao longo de seis meses, com a possibilidade das autoridades ampliarem a operação se necessário.
O Fed deverá anunciar sua decisão por volta das 16h, horário de Brasília, desta quarta-feira.
G1
Reuters