Duas fazendas em Goiás usadas como base para o tráfico de drogas por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, devem receber assentamentos de trabalhadores rurais sem-terra, segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O órgão negocia com a Secretaria Nacional Antidrogas da Presidência a aquisição das duas propriedades que pertenciam a laranjas do traficante. O objetivo, segundo o Incra, é assentar nas propriedades trabalhadores sem-terra ligados à Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que estão acampados na região há cinco anos.
As terras, que ficam na cidade de Paraúna (160 km de Goiânia), têm cerca de 700 hectares. Mais de 20 famílias seriam beneficiadas.
Os bens do traficante foram seqüestrados pela Justiça em 2000. O procedimento padrão determina a venda ou o leilão das propriedades e a transferência da quantia adquirida para o Fundo Nacional Antidrogas.
Mas, como as fazendas de Beira-mar são reivindicadas por trabalhadores rurais, o Incra decidiu pedir à Secretaria Nacional Antidrogas, que administra o fundo, que a área fosse destinada para a reforma agrária. Um convênio determinando o pagamento pelo Incra por conta do uso das fazendas deve ser firmado com a secretaria.
O valor das terras ainda vai ser avaliado através de uma vistoria feita pelo Incra.
FO