A agremiação ainda se encontra dividida entre o senador interino Carlos Fávaro (PSD) e o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB). E, ao que parece, nenhuma das alas quer abrir mão.
Em tom de ironia, o governador Mauro Mendes minimizou o fato de o pré-candidato tucano ter oferecido a primeira suplência ao ex-governador Julio Campos (DEM).
“O DEM já tem um governador, o presidente da Assembleia Legislativa, um senador… E ter uma suplência de Senado a mais não me parece razoável para um partido que quer tanto. E a política tem que ser feita não só por um partido, ela tem que ser feita por vários partidos, que representam vários segmentos da sociedade”, alfinetou o democrata.
Apesar de ser a maior liderança da agremiação no Estado, Mendes afirmou que não tem participado muito ativamente das articulações políticas envolvendo a eleição suplementar ao Senado.
“Essas questões mais particulares, tenho deixado para o partido. Como governador, tenho minhas opiniões, falado dela de vez em quando. Mas eu também já disse que não ocupo grande parte do meu tempo fazendo política partidária. Grande parte do meu tempo, eu ocupo fazendo o que é minha responsabilidade: fazer gestão em prol do Estado de Mato Grosso”, afirmou.
Já nos bastidores, entretanto, a conversa é de que Mendes pediu para o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) recuar da disputa para poder oficializar o apoio a Fávaro.
Ele, entretanto, nega que já tenha essa definição e garante que quem irá definir o posicionamento do partido no pleito serão os membros do diretório estadual, por meio de votação.
“Não existe essa definição. Muito menos a definição de que vamos nos coligar com ninguém. Quem define isso é a convenção, que tem 70 pessoas que irão tomar essa decisão”, completou.
As declarações do chefe do Executivo Estadual, por sua vez, não agradaram ao senador Jayme Campos.
O cacique democrata afirmou que mantém a sua postura e espera que a aliança entre o DEM e o PSDB seja homologada em convenção partidária, que será realizada no próximo dia 15.
“Eu não tenho essa impressão, o partido não se apequena. Nós temos que ser despojados e mostrar que, acima de interesses partidários, temos que ter uma visão de coligação partidária. O PSDB, a nível nacional, sempre foi coligado com o DEM, e eu não vejo nenhuma dificuldade. No meu entendimento, é louvável essa iniciativa e espero que a convenção ocorra da melhor forma possível, e que o Júlio Campos seja indicado suplente do Nilson Leitão”, completou o senador.