Em artigo publicado pela Agência Bolivariana de Imprensa (www.abpnoticias.com), Iván Márquez, um dos sete integrantes do secretariado das Farc, afirmou que o ataque também afetou gravemente a perspectiva de uma troca de prisioneiros e de uma paz negociada.
A ação militar que matou Reyes ocorreu em território equatoriano, e por isso provocou uma crise diplomática regional. “Não se escutaram aviões nem helicópteros. O míssil foi disparado pelos gringos da base aérea de Três Esquinas, em Caquetá (Colômbia)”, disse Márquez no texto publicado na noite de segunda-feira, mas datado de 20 de março.
“Não haveria encontro com a delegação francesa para explorar a libertação de Ingrid…Como disse o comandante Manuel (Marulanda): “Mataram Raúl e feriram gravemente a troca de prisioneiros e a paz””, acrescentou Márquez.
A Colômbia diz que a ação militar do dia 1 de março foi realizada por aviões de fabricação brasileira Super Tucano.
O presidente do Equador, Rafael Correa, qualificou o ataque como “massacre” e posteriormente rompeu relações diplomáticas com a Colômbia. Os governos esquerdistas de Venezuela e Nicarágua saíram em apoio a Quito, o que quase provocou um conflito regional.
Os EUA são os maiores aliados da Colômbia na luta contra o narcotráfico e os grupos armados ilegais que, a exemplo das Farc, se financiam com o comércio de drogas.
Desde 2000, Washington entregou a Bogotá mais de 5 bilhões de dólares em assistência militar e treinamento.
As Farc, maior guerrilha colombiana, mantêm sequestrados 40 reféns por motivos políticos, inclusive a ex-candidata a presidente Ingrid Betancourt, que segundo o governo está gravemente doente.
(Por Luis Jaime Acosta)
U.S.