Um grupo de cerca de 300 famílias que estão ameaçadas de despejo acampam nesta quarta-feira (14/08) na sedee prefeitura de Várzea Grande, e farão manifestação no fórum local, que fica ao lado.
As famílias reclamam a demora na decisão e a discriminação da Prefeitura e do Poder Judiciário, que ao mesmo tempo em que protelam a apreciação de um pedido de usucapião coletivo (a favor dos moradores), ainda estão querendo despejar as cerca de 300 famílias de uma área no Jardim Esmeralda (próximo à fábrica da Coca-Cola). Entre os moradores há pelo menos 200 crianças em idade escolar, matriculadas nas escolas da região.
Os moradoras ocuparam uma área de cerca de 20 hectares, localizada entre os Bairros Mapin e Esmeralda, e que foi abandonada há cerca de 20 anos por uma empresa madeireira que funcionava na cidade. O local era utilizado para esconderijo de carros e motos roubadas, provocava insegurança e era temida pelos moradores da região. Resopoveram ocupar e urbanziar, conservando e limpando, ali começando a construiur moradias.
Mesmo com a ocupação feita pelos moradores, o juiz da Terceira Vara Cível de Várzea Grande, Luis Otávio Marques, concedeu ordem de desocupação contra as famílias, inclusive ameaçando com o envio da Polícia Militar. Porém ignorou que pende sobre a área uma ação de usucapião em favor dos moradores, inclusive contra a Prefeitura Municipal. É que nunca foi cobrado o IPTU dos antigos proprietários, e a madeireira deve cerca de seis milhões após cofres muncipais.
Na ocupação que será feita nesta (quarta-feira, 14/08), às 09 horas da manhã, os moradores querem uma resposta imediata do prefeito e do Poder Judiciário. É que a ameça de despejo já foi denunciada ao Tribunal de Justiça por meio de recurso, e o Desembargador Rubens de Oliveira é o relator do agravo de instrumento.