Desde janeiro deste ano, 35 casos foram identificados. Até agora, dez pessoas morreram e oito estão internadas no Hospital Municipal de Imperatriz.
“O que parece ser a hipótese mais provável é uma doença carencial, uma deficiência de vitaminas na dieta das pessoas. Não é desnutrição, é uma carência de micronutrientes, nutrientes específicos”, afirmou. “As pessoas não estão fisicamente desnutridas, mas na dieta delas falta alguma substância e essa falta leva a um quadro muito grave”.
Outras duas possibilidades trabalhadas pelo ministério são a de o surto ter sido causado por uma doença transmissível ou a de as vítimas terem se intoxicado com algum produto usado na agricultura.
A maioria dos casos suspeitos é de homens jovens que trabalham na agricultura e consomem bebidas alcoólicas. São considerados casos suspeitos pessoas com idade entre 14 e 50 anos que moram nas regiões de Tocantins, Pré-Amazônica e na cidade maranhense de Barra do Corda e que, a partir de 1º de janeiro de 2006, apresentaram inchaço, diminuição de reflexos e da sensibilidade, podendo ou não ter reduzida a força muscular nas pernas.
Uma equipe do Ministério da Saúde e do Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA), estão no Maranhão desde o dia sete de junho para investigar, junto com as secretarias estadual e municipais de Saúde, a síndrome que ocorre no estado.
“Toda a investigação epidemiológica está sendo feita. Fazemos a coleta de material ao estudo epidemiológico, a investigação aprofundada dos casos e a investigação também entomológica [de mosquitos]. Como existe a hipótese infecciosa, vamos tentar identificar se há algum vetor, algum inseto transmissor de doença no local”, esclareceu Luna.
Os exames serão realizados no Laboratório Central do Maranhão e no Instituto Evandro Chagas. Dados preliminares sugerem que a doença não é contagiosa. O ministério recomenda que os profissionais de saúde da região notifiquem os casos suspeitos às respectivas secretarias municipais de Saúde.