Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (10) a Operação Bereu.
A organização criminosa atuante no bairro Tijucal era liderada por presos da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Ao todo, 52 mandados judiciais estão sendo cumpridos. De acordo com as informações da assessoria da Polícia Civil, são 25 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão. As equipes estão espalhadas por Cuiabá e Várzea Grande, além dos alvos na PCE.
Segundo a investigação da GCCO, moradores do Tijucal eram coagidos e pagavam uma taxa aos criminosos. Foi apurado que comerciantes pagavam valores para poder trabalhar, bem como outros criminosos que atuam no tráfico de drogas, que pagavam um valor para a boca de fumo funcionar.
Quem quisesse entrar na quadrilha também tinha que pagar uma taxa. Foi comprovado que 20 pessoas estão ‘cadastradas’ na organização criminosa.
Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, entre outros crimes correlatos.
Ordens por cartas
O líder da quadrilha está preso na PCE. O nome dele não foi revelado. De lá, ele dava ordens aos subordinados que agiam no Tijucal. Outros dois homens já identificado atuavam como ‘líderes de rua’ e eram os ‘braços direito’ do criminoso preso.
As ordens eram feitas por cartas, conhecidas nas prisões como ‘bereu’ – nome que originou a operação. Nas cartas escritas pelo líder e interceptadas pela polícia, ele determinava como os criminosos deviam agir.
Foi na análise do material que os investigadores descobriram a existência do pagamento de taxa ao grupo criminoso. Em caso de inadimplência, havia punições, como agressões físicas.
Também foi descoberto que o tráfico de drogas no bairro era comandado pelo grupo, com a cobrança de pagamento para que as bocas funcionassem no local. A droga vendida era fornecida pela quadrilha.
(Com informações da assessoria de imprensa)