Em 2010, foram registrados 88 mil requerimentos para vistoria de documentos da Stasi, a polícia política da antiga Alemanha Oriental. Uma exibição em Berlim explica o porquê de tamanho interesse nesta força.
A exposição foi inaugurada pelo presidente alemão, Christian Wulff, neste sábado (15), em Berlim. A escolha do dia não foi casual, já que no 15 de janeiro de 1990, exatamente 21 anos antes, ativistas dos direitos civis invadiram a central da organização, na então Berlim Oriental, com intenção de salvar os documentos ali armazenados, antes que os funcionários do órgão os destruíssem, o que já tinham começado a fazer.
Contra a vontade de muitos políticos da Alemanha Ocidental (que não queriam a publicação de dossiês sobre eles), o acervo da Stasi foi aberto após a reunificação alemã.
Desta forma, as vítimas do regime da antiga RDA (República Democrática Alemã), puderam saber exatamente por quem e quando foram espionadas. Na nova exposição permanente, inaugurada em Berlim, além da história da Stasi e seus efeitos, seis destinos individuais são apresentados ao público.
F.Com
DA DEUTSCHE WELLE, NA ALEMANHA