A exposição à poluição reduz o coeficiente intelectual (QI) de crianças. Os prejuízos ao desenvolvimento cognitivo começam quando ainda estão no útero da mãe, revela estudo da Universidade Columbia publicado na edição de agosto da revista “Pediatrics”.
A pesquisa acompanhou 249 crianças do Harlem e do Bronx, em Nova York, durante cinco anos. A conclusão é que os chamados carboidratos aromáticos policíclicos (HAP, na sigla em inglês), expelidos pela combustão de carvão, diesel, gasolina e gás, provocam imediata ação nociva sobre crianças.
Aquelas que foram expostas a altos níveis de HAP – 2,26 nanogramas por metro cúbico – apresentaram um QI de 4,31 a 4,67 pontos inferior ao das crianças não expostas. Segundo Frederica Perera, professora de saúde ambiental e diretora do Columbia Center for Children’s Environmental Health, os efeitos da poluição sobre o QI das crianças monitoradas é similar aos diagnosticados em crianças expostas a baixos níveis de chumbo, que é nocivo ao sistema nervoso.