A participação das exportações na produção de veículos no país caiu de 33% para 28% de 2006 para 2007. Em 2005, o índice era de 36%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
A queda, segundo o presidente da entidade, Jackson Schneider, deve-se à pressão do câmbio e ao aumento da competitividade no setor. A queda já havia sido anunciada por algumas empresas, como Volkswagen e General Motors.
Para compensar, as montadoras aumentaram os preços em dólar para alguns mercados e tentam exportar os produtos de maior valor agregado.
Os reajustes vão permitir que a queda em unidades exportadas, prevista para 8,6% neste ano, não influencie nos valores, que em 2007 deve permanecer em US$ 12,1 bilhões, como em 2006.
As quedas na exportação comprovam que o mercado doméstico é quem sustenta a produção de veículos desde 2006. No ano passado, a produção registrou alta de 3,1% sobre o ano anterior e somou 2,61 milhões de unidades
Neste ano, no primeiro quadrimestre, a alta é de 5,6% sobre 2006 com 881,4 mil veículos fabricados, um recorde para o período. Até o final do ano, a Anfavea prevê alta de 6,5%, com a produção de 2,78 milhões de unidades, uma marca histórica.
Em 2006, as vendas internas chegaram a 1,928 milhão de unidades, o que significa uma alta de 12,4% na comparação com 2005.
No acumulado deste ano, as vendas no mercado doméstico atingiram o recorde de 672,5 mil unidades, alta de 22,6% em relação ao mesmo período de 2006.