O marketing do algodão de Mato Grosso nos países asiáticos tem reflexos positivos nas exportações estaduais. Os cotonicultores mato-grossenses já detêm boa parte do mercado que era exclusivo da Austrália, em função da qualidade da fibra apresentada por aquele país. Como resultado da estratégia adotada pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), nesta safra, a expectativa é exportar para a Indonésia 35% mais que no ano passado, quando foram vendidas 45 mil toneladas (t) de algodão. Em 2007, a Indonésia deve comprar cerca de 60 mil/t do produto.
Após a viagem realizada por uma delegação da Ampa, de 11 a 26 de abril, ao Japão, Coréia e Taiwan – onde o algodão de Mato Grosso tem excelente aprovação – as perspectivas são de um incremento ainda maior. “O Brasil exporta para estes países 50 mil/t e pode chegar a 80 mil/t, após esta visita”, prevê o presidente da Ampa, Sérgio De Marco. Se confirmada a estimativa o incremento será de 60%. “Os asiáticos querem garantia de oferta do algodão e vamos continuar produzindo com qualidade”, assegura De Marco.
Ainda segundo De Marco, o clima do Estado e do país são fatores positivos à produção do algodão, que avançou de 350 mil/t na safra 96/97 para 1,3 milhão/t (algodão em caroço) no ciclo passado.
“É um surpreendente crescimento de quase quatro vezes, em 10 anos”, exclama o diretor da Ampa, Bruno Goellner, integrante da delegação formada também pelo vice-presidente da entidade, Gilson Pinesso, o produtor Otávio Palmeira e Andrew Mac Donald, consultor da associação.
Especial
Diario de Cuiabá