quinta-feira, 07/11/2024
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Existe bronzeamento seguro? Entenda como funciona o escurecimento da pele

Dermatologista explica a prática comum entre brasileiras e os riscos que ela representa

Verão combina com praia, piscina, atividades ao ar livre e, claro, o bronzeado perfeito. O que atrai um aspecto saudável, porém, pode representar exatamente o contrário disso, com danos à estética e saúde da pele.

De acordo com Caio Lamunier, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), qualquer bronzeamento , por si só, caracteriza uma agressão à pele. “Nosso organismo é programado para se defender de diversas agressões externas. Entre elas, estão as queimaduras e as agressões causadas pela radiação ultravioleta”, explica.

Ainda segundo o profissional, “a radiação causa danos ao nosso DNA celular. Como resposta a esse dano, a pele estimula a tirosina, que por sua vez incentiva a produção da melanina , que dá a coloração escurecida à pele”. Ou seja, o bronzeado trata-se de uma defesa da pele contra as agressões do sol . 

Entre os métodos de bronzeamento existem os de maior e menor exposição aos riscos. Os mais populares no Brasil são o bronzeamento natural, por bronzeador ou autobronzeadores. Para os adeptos do primeiro grupo, os contras são os mesmos associados à exposição solar: envelhecimento precoce, marcas, rugas, flacidez indesejada e até mesmo câncer de pele. 

Problema ainda mais grave, porém, está associado ao segundo grupo: os adeptos do bronzeamento acelerado com uso de bronzeadores. Embora os produtos de farmácia – explica o médico – não signifiquem um risco dermatológico direto, os chamados “ bronzeadores caseiros” feitos à base de óleo e por vezes até refrigerantes de cola, oferecem outro tipo de agressão à pele. 

“Na maioria das vezes o próprio corpo dá conta dessas lesões, numa espécie de mecanismos que induz as células ao ‘suicídio’ para evitar que elas tragam problemas no futuro. No caso de lesão por bronzeadores caseiros, ela é atacada por um processo inflamatório e há um risco de dano ao tecido do qual a pele não consegue se defender”, explica. 

Para escapar desses riscos, o médico afirma que o método mais seguro e fácil é o dos autobronzeadores , que são produtos que causam uma irritação superficial na pele por isso considerados seguros. “Essa irritação promove uma coloração entre o marrom e alaranjado bem próximo do bronze natural, que dura algumas semanas”, orienta o profissional. 

Caso o bronzeamento natural seja “indispensável”, vale considerar cuidados para a redução de danos, como hidratação constante, uso de protetor solar e a preferência pelos horários de menos radiação solar direta, antes das 10h e após as 16h.

 Link deste artigo:https://saude.ig.com.br/2020-02

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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