O Exército de Israel suspendeu o cerco total à Cisjordânia, imposto logo após o atentado ocorrido na última quinta-feira em uma escola religiosa judaica em Jerusalém, que deixou oito alunos mortos.
“O bloqueio estrito foi suspenso na madrugada de domingo para segunda-feira”, afirmou uma porta-voz militar. O cerco total, que a princípio deveria ter sido suspenso domingo, foi prolongado por 24 horas.
Esta medida não significa o fim do conjunto de restrições impostas à entrada de palestinos em Israel há vários anos. Desde o início da Segunda Intifada palestina, em setembro de 2000, a Cisjordânia está bloqueada de forma praticamente permanente, o que provoca o aumento do desemprego e afeta gravemente a economia palestina.
A polícia israelense mantém o estado de alerta por temer novos atentados, informou uma fonte policial.
Recusa
A escola religiosa judaica [yeshiva] Merkaz Harav anunciou nesta segunda-feira que se recusa a receber uma visita de condolência do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, por suas posições políticas.
“Não podemos receber um primeiro-ministro que atua contra o espírito da torá e aceita que Israel se retire de uma parte da terra de Israel”, declarou à rádio pública um dos diretores da instituição, o rabino Haim Steiner.
“A torá nos proíbe formalmente de entregar a estrangeiros uma só polegada da terra de Israel”, acrescentou o rabino, que acusou Olmert de transgredir os mandamentos divinos e exigiu a retomada da colonização da Cisjordânia.
Atentado
Na última quinta-feira, um homem armado entrou na biblioteca de uma escola religiosa judaica e abriou fogo contra os estudantes. Oito deles morreram e ao menos nove ficaram feridos.
Segundo a polícia israelense, o autor do atentado foi um morador da parte leste de Jerusalém, que havia trabalhado como motorista na escola religiosa e que, com uma arma automática, abriu fogo contra as vítimas antes de ser morto. Identificado como Ala Abu Dehein, 25, o autor do ataque morava no bairro palestino de Jabal al Mukaber.
F.on.L