A série de oito execuções atribuídas ao crime organizado no início da década de 2000, na verdade durou mais de dois anos. Começou com a morte de Ildeu Ferreira em abril de 2.000 e terminou com o assassinato do empresário Sávio Brandão em setembro de 2002. A maior parte das execuções é atribuída a dupla de ex-militares, Hércules Araújo Agostinho e Célio Alves de Souza, indiciados em sete assassinatos.
Alguns meses depois da execução de Ildeu, mais precisamente em 23 de outubro do mesmo ano, o sargento José Jesus de Freitas sofreu um atentado, no qual foi ferido mas sobreviveu. Ele trocou tiros com os pistoleiros e matou um deles.
Na época, Jesus responsabilizou o tenente PM Ciney Ribeiro Taques, pelo atentado, e o militar acabou sendo assassinado a tiros em frente à Unic na noite de 11 de outubro de 2001. Ciney chegava para estudar, quando foi cercado por dois homens que chegaram numa motocicleta. O inquérito desse crime até hoje não foi concluído, mas a polícia descarta a participação de Hércules e Célio na execução do tenente.
Ainda em outubro, foi a vez do empresário Mauro Sérgio Manhoso, ser executado a tiros de pistola próximo ao prédio da antiga Assembléia Legislativa, no centro da Capital.
A seqüência macabra de crimes continuou com a morte do sargento Jesus e dois seguranças dele, em 27 de abril de 2002, em frente a sua casa. Nessa chacina, Hércules e Célio estavam armados com fuzis. Em junho daquele ano, foi a vez de Hércules e Célio executarem Rivelino Brunini e Fauze Rachid Jaudy no dia 5 de junho de 2002. O crime ocorreu na avenida Rubens de Mendonça.
Em agosto, o alvo da dupla foi o cabo PM Valdir Pereira, dias após ser indicado em convenção para concorrer a uma vaga de deputado estadual. Por fim, foi a vez da execução de Sávio Brandão (30 de setembro de 2002). A partir daí, a polícia chegou até Célio e Hércules, prendendo os principais pistoleiros a serviço do crime organizado.
DC