Algumas deivulgações nas redes sociais envolvendo poltíticos ameaçam a operação
A defesa do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, solicitou a anulação da Operação Curare, da Polícia Federal, por suposta parcialidade do ex-chefe do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) de Mato Grosso, João Paulo Martins Viana.
O pedido assinado pelo advogado Ricardo Spinelli tem por base a denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), contra João Paulo. O fiscal do SUS foi desligado da chefia do Denasus no dia 8 de outubro após a Prefeitura municipal de Cuiabá ter denunciado perseguição à gestão do prefeito Emanuel Pinheiro.
“Houve contaminação na fiscalização e auditoria do Denasus que embasaram a operação Curare. O desligamento dele do órgão feito pelo Ministério da Saúde, deixa claro a parcialidade, e por isso estamos pedindo a anulidade de todas as provas”, disse Spinelli à reportagem.
Segundo o advogado, toda operação teve como fundamento a auditoria feita por João Paulo. Com a aparente parcialidade através de suas publicações nas redes sociais “fica comprovada a ilicitude na elaboração de todas as provas embrionárias que essa auditoria fez”.
A decisão de solicitar a anulidade da Operação Curare ocorreu após a defesa ter solicitado cópia da denúncia junto ao MPF, que abriu procedimento de ‘notícia de fato’ e decretou sigilo do caso.
O secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues da Silva e o secretário interino de gestão, Alexandre Beloto Magalhães de Andrade, foram afastados dos cargos no dia 30 de julho após a decisão judicial da Justiça Federal referente a Operação Curare, que estima desvio de R$ 100 milhões dos cofres do município. A defesa também ingressou com vários pedidos para derrubar as cautelares imposta no ex-secretário.
‘Militância’ nas redes
A denúncia também foi encaminhada ao Ministério da Saúde, Corregedoria do Denasus e na Controladoria Geral da União (CGU), protocoladas no dia 23 de agosto.
Nela há várias postagem de João Paulo nas redes sociais demonstrando ‘evidente desapreço pela atual gestão municipal’.
“Referidos documentos trazem elementos suficientes que demonstram um envolvimento político partidário do referido auditor com grupo político adversário da atual gestão municipal, situação por si só suficiente para macular qualquer comportamento neutro e isento quando da realização das atividades de fiscalização/auditoria”, diz trecho da denúncia que A Gazeta teve acesso.
Nos documentos anexados à denúncia aparecem várias postagens do ex-chefe do Denasus acusando a gestão Emanuel Pinheiro de corrupção e apoiando a candidatura do ex-vereador Abílio Júnior (Podemos) nas eleições do ano passado.
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