Os ex policiais militares, Hércules Araújo Agostinho e Celio Alves de Souza, serão julgados nesta terça-feira (13), a partir das 8 horas, pelo assassinato de Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy, e tentativa de assassinato de Gisleno Fernandes. O julgamento foi marcado na última sexta-feira (9).O julgamento dos ex-PMs ocorrerá pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Catarina Pery de Siqueira.
O bicheiro João Arcanjo Ribeiro, pronunciado há dois anos, foi pronunciado (denunciado formalmente) como mandante da dupla execução entrou com recurso e o processo será desmembrado.
Nesse duplo homicídio também aparecia como réu, na condição de contratante dos assassinos, o coronel aposentado da Polícia Militar Frederico Carlos Lepesteur. Ele morreu vítima de câncer em setembro de 2007,cinco anos depois dos assassinatos.
De acordo com o relatório do Ministério Público, Rivelino Jacques Brunini, concessionário dos caça-níqueis de João Arcanjo, começava a descumprirordens expressas do chefe da organização implantando novas máquinas sem permissão.
O ex-cabo Hércules, relata o juiz Lídio Modesto na pronúncia do bicheiro confessou que ele e Célio Alves receberiam a importância de R$ 20 mil.
Jaudy e Brunini foram mortos no dia 6 de junho de 2002, por volta das 15 horas, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, a poucos metrosda sede da Polícia Federal. Ambos estavam em uma oficina mecânica quando foram surpreendidos pelos ex-policiais militares. Hércules estaria em uma moto pilotada pelo ex-soldado Célio eusava uma pistola 9mm.
Brunini foi atingido por sete tiros e teve morte instantânea.Jaudy morreu em seguida, enquanto Gisleno, que sobreviveu, teria sido atingidoapenas porque estava próximo dos dois alvos dos ex-PMs.
O inquérito tramitou pela Justiça Federal, mas a defesa dos militares entrou com recurso no Tribunal Regional Federal alegando que o crimenão poderia estar na esfera federal. O inquérito, então, foi devolvido para o Fórum Criminal da Capital que aproveitou todas as audiências, ficando apenas aparte das alegações finais.
Célio e Hércules estão presos numa penitenciária de segurança máxima,em Porto Velho (RO) e a chegada deles para o julgamento deverá mobilizardezenas de agentes federais.
M.News