O Tribunal de Justiça de São Paulo negou habeas corpus preventivo pedido pela defesa da advogada Carla Cepollina, 40 anos, namorada do coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, assassinado dia 9, em São Paulo.
Segundo o TJ, na solicitação, a mãe de Carla, a também advogada Liliana Prinzivalli, alega ameaça de violência e coação ilegal. Se o recurso fosse aceito pelo TJ, Carla, que é tratada como a principal suspeita, não seria presa em caso de inciamento pelo crime. O coronel ficou conhecido por ter comandado a operação no Carandiru, em 1992, que deixou 111 presos mortos.
Carla voltou a afirmar que é inocente e a rebater as críticas dos três filhos da vítima. “Os filhos, em depoimentos, negam o relacionamento (dela com o coronel), declaram inverdades, quero crer que talvez na ânsia de achar um culpado”, disse Carla. “Não sei por que está tendo essa campanha difamatória”, completou.
Carla foi a última pessoa a ser vista com o coronel reformado da PM. Ela foi ouvida pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) três vezes na semana passada.
NOVOS DEPOIMENTOS
Dois filhos do coronel, o chefe de gabinete do deputado, Eduardo Anastasi, e seu assessor, Gerson Vitória, prestaram depoimento no DHPP. Peritos e equipe do DHPP se reuniram no Instituto de Criminalística, no Butantã, para avaliar as provas que foram coletadas, como o projétil encontrado perto do corpo do Ubiratan, e os extratos com a quebra do sigilo telefônico do coronel, de Carla e de mais seis pessoas.
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