O ex-governador Silval Barbosa será ouvido nesta sexta-feira (23) pelos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores, chamada CPI do Paletó, que investiga a suposta propina paga ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), quando este era deputado estadual.
Emanuel foi flagrado em vídeo, gravado na sala do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa, enchendo os bolsos com R$ 20 mil em espécie para apoiar a gestão anterior.
Além do vídeo, os vereadores investigam a suposta tentativa de obstrução à Justiça, após a Polícia Federal afirmar que houve edição em uma gravação em que Sílvio explica como ocorreu o acordo de delação premiada. A gravação foi encontrada na casa do prefeito, durante a Operação Malebolge, em setembro de 2017.
Na semana passada, durante oitiva aos vereadores, Silvio confirmou que o dinheiro entregue a Emanuel era propina, ao contrário da afirmação do prefeito de que seria repasse de uma dívida do ex-governador com Marco Polo Pinheiro, o Popó, irmão de Emanuel.
Para o prefeito, Silval não vai mudar sua versão sobre a suposta propina paga a vários deputados mato-grossenses, inclusive a ele, por medo de voltar para a prisão.
“É claro que ele vai ter que sustentar a versão, mesmo que não seja verdadeira, porque senão ele seria preso. Ele tem que sustentar a versão. Tanto é que Silvio foi indagado sobre isso e disse que se mudasse a versão poderia botar por água abaixo a delação”, comentou Emanuel.
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