quinta-feira, 07/11/2024
InícioPolíciaEx-delegado será julgado em março

Ex-delegado será julgado em março

O ex-delegado de polícia civil Edgar Fróes deverá ser julgado em março deste ano como mandante do assassinato da empresária Marluce Dias e do filho dela, Rodolfo Alves. O recurso do habeas corpus (HC) impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi indeferido pela ministra Maria Thereza de Assis Moura. Com a decisão, o processo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá será remetido nos próximos dias para a 1ª, onde será marcada a data do júri.

O duplo homicídio aconteceu no dia 18 de março de 2004 no Jardim Shangri-lá, em Cuiabá. Pelo crime, seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Com o delegado, sentará no banco dos réus o motociclista Josuel Corrêa da Costa, o “Jô”, que deveria ser julgado em agosto do ano passado, mas a pedido do MPE, o júri foi adiado e unificado. Josuel é acusado de intermediar o crime com Benedito da Costa Miranda, o “Piré”, mas nega ter participado do assassinato.

Fróes foi denunciado pelo Ministério Público Estadual como mandante e por crime de peculato (apropriação de algo valendo-se de função pública). Conforme a denúncia, a empresária foi assassinada porque tinha em mãos documentos que comprometeriam o delegado.

Segundo o promotor criminal João Augusto Veras Gadelha, Fróes foi denunciado por homicídio duplamente qualificado em relação a Marluce. “Motivo torpe (vingança) e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima”, explicou.

Em relação a Rodolfo, as qualificadoras são outras: recurso que dificultou a defesa por parte da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime – no caso, Rodolfo estava sendo assassinado porque seria testemunha da morte de sua mãe. Fróes foi denunciado ainda por promover atividade de mais pessoas como mandante.

Além do delegado e do motociclista, foram denunciados Benedito da Costa Miranda, o “Piré”, Hildebrando Passos, o “Huck”, e Francisnei Pereira, sendo este último por porte ilegal de arma. O autor dos disparos, na época um adolescente de 17 anos, foi sentenciado a cumprir três anos de atividade sócio-educativa no Complexo do Pomeri. Ele já está em liberdade.

Para o assistente de acusação, José Geovaldo da Silva, a elucidação da morte de Marluce e o do filho ocorreu em tempo recorde pela polícia. “Não só pelas provas convincentes reunidas no inquérito policial, mas pela ausência de corporativismo”, observou.

DC

Clique AQUI, entre na comunidade de WhatsApp do Altnotícias e receba notícias em tempo real. Siga-nos nas nossas redes sociais!
Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
RELATED ARTICLES

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Digite seu nome aqui

- Publicidade -

Mais Visitadas

Comentários Recentes